sexta-feira, junho 30, 2006
Amando a Maradona
Vai ser o primeiro grande embate dos quartos: Alemanha-Argentina. Os sul americanos, infelizmente, não podem jogar com 11 Maradonas (este é o cartaz do novo filme sobre El Pibe) mas devem dar muito trabalho aos alemães. Grande jogo em perspectiva. De resto, sinto-me um bocadinho ucraniano. Não era lindo se mandassem a chata e batoteira Itália para casa?
quinta-feira, junho 29, 2006
... à pedrada !!!
Publicidade vibrante
Pense nisso
O humor de Tutty Vasques.
Razão e coração
Antes que comecem a chamar-me nomes, deixem que vos diga que esta camisa é infalível na protecção à selecção nacional, batendo de longe a estrangeirada Senhora de Caravaggio. É uma simples t-shirt vermelha, tamanho XL, comprada por cinco euros na feira, com o escudo de Portugal encoberto por uma mancha de chocolate, fruto de um pequeno acidente com um sorvete durante a batalha com a Holanda. Comecei a usá-la no jogo contra Angola e desde aí visto-a sempre que me sento em frente da televisão. Os seus poderes são imensos. Estou convencido de que com ela no corpo (no meu corpo) Portugal vai chegar à final. E só vou mandar lavá-la depois do Figo erguer a taça. Em minha defesa invoco Carlos Drummond de Andrade (agora é moda citar escritores por tudo e por nada para falar de futebol): “Para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração”.
Atiçar um leão com um pau
Mas, até nesta coisa do chauvinismo, convém não passar das marcas. Os espanhóis, por exemplo, foram de uma arrogância extrema em relação os franceses, esquecendo-se que foram estes que inventaram o chauvinismo, através de Nicolas Chauvin, soldado de Napoleão celebrizado como um patriota fanático pelas comédias dos irmãos Hippolyte e Theódore Cogniard . Há um velho provérbio africano que acabei de inventar que diz que não se deve atiçar um leão com um pau. Mesmo que seja um leão velho, gordo e francês. É melhor pensarmos nisso enquanto preparamos o jogo contra a Inglaterra.
(Texto do PÚBLICO - link)
quarta-feira, junho 28, 2006
Nortadas
terça-feira, junho 27, 2006
E agora, Manolo?
Ay, caramba! Bela vingança, a de Zidane e dos franceses. A Espanha pensava que eram favas contadas, menosprezou o adversário e foi o que se viu. A arrogância paga-se caro. Foi, provavelmente, o melhor jogo do Mundial. E Zidane, afinal, segue em frente. O Brasil vai repetir os erros dos espanholitos? Espero que não.
Leitura obrigatória
Peladas na Copa
Eu sei que o assunto de hoje é o jogo do Brasil e bem poucos corações aí devem estar sangrando pelo destino da Austrália, ontem devidamente despachada para casa. Mas não posso deixar de escrever um par de coisinhas sobre o que tenho visto por aqui, notadamente o confronto da dita Austrália contra a Itália.
Na minha opinião — e tenho certeza de que na opinião de muitos que padeceram assistindo a essa partida, tratou-se de uma das peladas mais toscas a que já assisti, um jogo em que praticamente ninguém mostrou qualidades técnicas e todos pareciam tratar a bola como “Vossa Excelência”.
Claro que isto é impossível, até mesmo por causa do quase palpável cheiro no ar de que esta Copa é para ficar na Europa, na qual Portugal é visto como uma espécie de apêndice, ora preocupantemente incômodo, apesar de dever entrar em campo todo desfalcado, no próximo jogo. Tudo estava preparado, senti eu e sentiram muitos companheiros aqui, para a eternamente “injustiçada” Holanda ganhar de Portugal. E o time “leve e solto” da Holanda demonstrou ser na verdade um esquadrão caceteiro, que parte para as canelas adversárias como uma colhedeira de soja e, no jogo contra Portugal, foi quem começou a violência, primeiro quase aleijando Ronaldo e batendo na cara de Figo, que foi à forra talvez indevidamente, mas com certeza compreensivelmente. Mas nem português é um povo com sangue de barata nem Felipão é um técnico metido a fino. A combinação dos dois levou Portugal a uma justíssima vitória e espero que, doravante, acabe de vez esse negócio de grande futebol holandês, a não ser quando criarem o sarrafol, mistura de arrafo com futebol, em que eles parecem especialistas. Mas, sim, vamos deixar os europeus de lado, porque o jogo de hoje é contra Gana e quase não toquei no assunto. Robinho não joga e, ao que parece, o quadrado mágico vai voltar, Deus nos ajude. Embora a verdade seja que não acredito que Gana nos eliminará e só lamento que não seja um time europeu, preferivelmente um nórdico metido a besta. Mas — bato na madeira outra vez, por causa da tradicional caixinha de surpresas — o dia deles chegará.
Asneiras FPF
O currículo do Lula...
...e diz
Hoje é dia em que a selecção do Gana enfrenta a selecção da grana...
segunda-feira, junho 26, 2006
Bucha e Estica?
Sinceramente, já tenho saudades destes dois. Os jogos de hoje foram muito chatos. A Itália segue em frente com o cinismo habitual, enquanto a Suiça despede-se sem sofrer um golo em jogo corrido. Os ucranianos estão nos quartos mas não devem ter manha para eliminar os italianos.
Que venham o Gordo e o Magro e comnpanhia, para ver se o Mundial alegra.
Carlos Abreu Amorim no seu pior
Agora sim, a malta pró-Pinto da Costa e anti-Scolari vai sentir-se redimida. Então não é que Ricardo Quaresma vai fazer falta no jogo contra a Inglaterra? E há outros que vão fazer imensa falta, como Deco, Costinha, Cristiano Ronaldo, Eusébio, Coluna, Fernando Gomes, Jordão, Nené, Alves, Peyroteo, Costa Pereira, Damas, Dinis e até quem sabe...Carlos Abreu Amorim. É delicioso ler a forma como CAA se viu "forçado" a torcer pela equipa de Portugal num bar cheio de alemães. Forçado? Chiça! Mas, apesar de tudo, temos que admirar quem consegue guardar assim um ressentimento, convenhamos. Tenho a certeza de que quando formos eliminados, CAA gritará do topo da Torre das Antas, como um "superdragão" no cio: EU TINHA RAZÃO".
Deixa-me rir...
Santana Lopes não fez nada de especial para merecer destaque no Amor e Ócio. Acontece que fiquei tão chateado com a passagem batoteira da Itália aos quartos de final que decidi postar uma imagem que me fizesse rir. Por isso, tomem lá Santana de bandana (olha: rimou!..).
MOURINHO !!!
José Mourinho, treinador do Chelsea
JOANA !!!
Joana Amaral Dias, psicóloga e política
LULA !!!
Lima Duarte, actor brasileiro, referindo-se ao seu Presidente
João Ubaldo Ribeiro n'O Globo
O padre António Vieira ganhou mais uma
A Holanda é uma espécie de queridinha aqui na Europa, por ser considerada uma injustiçada, desde os tempos do carrossel, da laranja mecânica ou que outro nome dê, ao futebol inegavelmente de boa qualidade, que a tem levado até bem perto de títulos importantes como o da Copa. Há até quem diga que havia esquemas armados para favorecê-la desta vez, embora tudo seja na base da fofoca.
Esquema ou não esquema, contudo, a verdade é que muita gente, principalmente nórdica, não admitia a hipótese de a Holanda vir a perder para Portugal.
Acontece que futebol bonito nós também já jogamos e perdemos. Futebol, não sei se vocês já ouviram isto, é bola na rede. E eu, como nunca tive nenhuma admiração extremada pelo futebol holandês (aliás, por futebol europeu nenhum, basicamente só torço pelo Brasil mesmo), não lamento nada. Aqui na Alemanha, os comentaristas não diziam isto publicamente, mas também preferiam os holandeses a Portugal.
Preferiram mal. É verdade que, no segundo tempo, o jogo quase vira uma batalha campal e a cabeçada que Figo deu num holandês realmente não tem justificativa em nenhuma hipótese, no máximo explicação. Figo é um craque do primeiro nível internacional e devia saber o que estava fazendo, macaco velho que é, nos campos europeus. De qualquer forma, não aconteceu nada diretamente por causa disso e os holandeses também partiram para quebrar as canelas portuguesas e um deles chegou a meter a chuteira na cara de Ricardo, o goleiro português.
Lembrei outros tempos, quando holandeses e portugueses não disputavam futebol, mas vantagens econômicas. As invasões ao território brasileiro, que no século XVII era português, fizeram parte dessa luta, acabaram sendo repelidas (para pesar de muitos que pensam que, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses, estaríamos muito melhor, assim como, por exemplo, Suriname e a Indonésia). Eles foram chutados (com trocadilho) tanto de Pernambuco quando da Bahia.Lembro o grande padre Antônio Vieira invectivando Deus e os santos, em nome das armas portuguesas. O padre chegou a dar esbregues em Santo Antônio, que, oficial das forças lusas, não vinha cumprindo seus deveres de combatente. Funcionou. O santo se compenetrou e, em 1668, se cá não me falha a vã memória, foram expulsos da Bahia e, pouco mais tarde, de Pernambuco. A história agora se repetiu nos gramados. Não importa que tenha sido um jogo tumultuado. Isso acontece toda hora em futebol, inclusive em Copas do Mundo. Portugal jogou com bravura, valentia e técnica — e adeus, holandeses, mais uma vez. Vão continuar queridinhos por aqui mesmo.
(Mais um post sugerido pelo J. Bastos)
Scolari ao Estadão
"Foi a maior emoção da minha carreira. Um jogo típico de Libertadores. Perdi dois quilos, mas não faz mal. Vou comer e beber a noite inteira e ganho mais quatro. Só espero retribuir a todo povo de Portugal todo o carinho que sempre dedicou a mim e a minha família"
domingo, junho 25, 2006
Pois...
Os meus dois americanos favoritos
Durante muito tempo julguei que ninguém seria capaz de igualar Homer Simpson. Mas Peter Griffin e o seu queixo duplo e suburbano mostram que não há limites para a disfuncionalidade que nos faz rir. Hoje encontrei na FNAC o DVD da primeira série de Family Guy e trouxe-o para casa. Como aprendi a transformar DVDs em ficheiros mp4 vou gastar algum tempo a passar para o iPod a família mais disfuncional e politicamente incorrecta da América.
Eles têm o haxixe, nós temos o Maniche
(Com vénia à C. Delduque)
Amarelos
A batalha de Nuremberga
Precisámos de sorte, coragem e muita manha para derrotar uma Holanda ressabiada e feia. Os ingleses devem estar com um sorriso largo por causa do miserável trabalho do árbitro, que nos roubou Deco, Costinha e se calhar Cristiano Ronaldo, mas dia no dia 1 vão ter que nos derrotar dentro das quatro linhas. E não vai ser fácil. Grande Portugal! Acabaram-se as vitórias morais - chegou o tempo dos triunfos reais.
O mundo está perigoso
Infelizmente, temo que no relvado o desfecho seja outro. Oxalá esteja enganado.
Monarquia das Bananas
sábado, junho 24, 2006
O que é isso, companheiro?
Arghhh!
Vai de funk...
... e também de hip hop com batida do morro. Eu já tinha ameaçado. Começamos por MC Leozinho, com Ela Só Sabe Beijar, música que estourou nas últimas semanas nas rádios FM. PURO DIVERTIMENTO. Fernanda Abreu fez desta música uma versão deliciosa, cheia de balanço e malícia.
Para desenjoar de tanto futebol
E aqui ainda mais fatal
A grande festa pagã está na rua
sexta-feira, junho 23, 2006
Era só o que faltava
Mas já não falta. O iCarta é um sistema de som que permite levar o iPod para a casa de banho. O que vão eles inventar a seguir?
Changes
Já há muito tempo que não punha aqui uma musiquinha. Hoje apeteceu-me ouvir Bowie, mas o Bowie dos bons velhos tempos. Divirtam-se. E tenham um bom dia.
quinta-feira, junho 22, 2006
Et pur si muove
Brasil-Japão
Toca o telefone na concentração do Brasil em Colónia. É Zico querendo falar com Parreira.
- Diga, Galinho: o que você quer?
- Estou precisando de uma força, Parreira. Vocês já estão classificados, podem me ajudar…
- Deixa comigo. Vou escalar os reservas, então.
- Não, Parreira, isso não. A gente tem de ganhar. Pelo amor de Deus, deixe os titulares.
(Post pilhado DAQUI)Transportes portugueses
Com este trabalho, Koostela venceu o Festival de Cartoons do Rio Grande do Sul. Aqui podem ser vistos mais cartoons que o gaúcho fez a propósito do Mundial da Alemanha.
Confissão
Frase lida numa t-shirt brasileira
Portugal, 2 - México, 1
Os mexicanos até podem ser gonzalez mas são pouco speedy...
Torcer pela França?
Dá-me sempre um certo gozo ver a selecção francesa
Nesse ano, Portugal tinha quatro treinadores e mesmo assim morreu na praia depois de ter estado a vencer durante grande parte do jogo. Quatro treinadores. Um “principal”, Fernando Cabrita , um bom homem que imortalizou a frase “Vamos a eles como Tarzões”. E três adjuntos, em representação do Benfica, FC Porto e Sporting (só isto basta para dar razão a Costinha quando ele diz que durante muito tempo foram os clubes que mandaram na selecção). E dentro do terreno tínhamos o melhor Chalana de sempre, e ainda Jordão, Sousa, Jaime Pacheco, Carlos Manuel e tantos outros representantes de uma geração de ouro que ganhou pouco ou quase nada a nível internacional.
E como esquecer, ainda, a derrota que a França voltou a impor-nos no Europeu de 2000? Depois de uma batalha épica e já no prolongamento (é nossa sina sermos um país e uma selecção que “quase chegou lá”) Abel Xavier cortou a bola com a mão dentro da área. Enquanto um país inteiro deitava as mãos à cabeça e os nossos jogadores protestavam com o bandeirinha eslovaco que denunciou a infracção de Xavier, Zinedine Zidane levou a bola para a marca do penalti e esperou. Cabeça baixa, o suor escorrendo-lhe em bica do queixo, olhos fixos no relvado, alheio a tudo. E quando o estádio sossegou, mandou-nos para casa com um remate certeiro.
Este azedume em relação aos franceses se calhar impediu muita gente (impediu-me a mim, pelo menos) de reconhecer a superioridade da selecção francesa no Mundial de 1998. Nem o rosto de Zidane projectado no Arco do Triunfo, símbolo máximo de uma França moderna e multi-racial, comoveu os mais empedernidos. E que atire a primeira pedra quem não sentiu um frémito de gozo ao ver a péssima carreira dos gauleses em 2002.
É tempo, porém, de emendar a mão. De dar o braço a torcer. Suspenso por ter visto dois cartões amarelos, Zidane corre o risco de se despedir sem brilho do futebol se a sua equipa não ganhar ao Togo. O olhar ressentido que Zidane dirigiu ao treinador francês, quando foi substituído no jogo com a Coreia do Sul, não pode ser o gesto de despedida de um dos maiores futebolistas de sempre. Zidane precisa de voltar a pisar o relvado, de disciplinar o caos como só ele sabe fazer, precisa de nos voltar a espantar, a comover, a enfurecer. Os seus companheiros de equipa devem-lhe muito e até por isso têm a obrigação de levar a França para os oitavos de final. Digo isto com o coração a sangrar: sexta-feira vou torcer pela França. Por Zinedine Zidane.
(Texto do PÚBLICO)Angústia
Mexico
terça-feira, junho 20, 2006
Haja Coração !!!
A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.
Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento,
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés – um pé de vento!
Num só transporte, a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool!
É pura imagem: um G que chuta um O
Dentro da meta, um L. É pura dança!
domingo, junho 18, 2006
Ponham nojo nisso!
Tudo não passa de desenhos ou criações sem importância a um olhar desapercebido. Mas, sempre que encara o logotipo oficial ou a mascote da Copa, Erik Spiekermann diz entender o repúdio que alguns conterrâneos sentem pela competição mais nobre do futebol.
Na sua visão, estão equivocadas a escolha de cores, os traços do design e até o leão eleito para representar o país. "É muito ruim, é nojento. Coisas assim fazem os alemães não se sentirem em casa num evento tão importante, que lutaram tanto para receber", disse à Folha de São Paulo. O desabafo não vem de um leigo. Spiekermann é hoje um dos programadores visuais mais respeitados da Alemanha. Co-fundador da agência MetaDesign, tem clientes como Audi, Volkswagen, IBM e Nike.
(Leiam o resto AQUI)
Eles acabam por ter piada
PDI
Rica selecção
O dilema
sábado, junho 17, 2006
E pronto!
Já lá estamos. 2-0 com sabor a goleada. E uma exibição convincente. Agora venha a Argentina. Se tivermos de ser eliminados já nos oitavos, então que seja em grande estilo.
(Ah! E a velha acertou!)
sexta-feira, junho 16, 2006
Grandes Palancas!
Muito nervo, muita coragem. Futebol ingénuo, sim, mas futebol honesto, esforçado. Prazeroso. Que dá gosto ver e pelo qual dá gosto torcer. Depois de um dia passado a sofrer por equipas que não chegaram lá, foi um bálsamo ver Angola.
quinta-feira, junho 15, 2006
A minha velhinha
Quando começou a espalhar-se a fama dos seus dotes divinatórios houve muita gente que tentou convencê-la a fornecer a chave do euromilhões, mas sem sucesso. A velha não funciona sob pressão. Mas é lendária a sua capacidade de adivinhar, por exemplo, se uma mulher está grávida, de quantas semanas e qual é o sexo do bebé. Diz-se por aí que as mulheres com uns dias de atraso preferem passar sob a sua janela para um diagnóstico à vista desarmada do que gastar dinheiro a comprar um teste de gravidez. Esta velhinha de aspecto inofensivo foi capaz de adivinhar que Santana Lopes seria um dia primeiro-ministro, que José Cid voltaria a ser famoso e que o Gil Vicente não seria despromovido à Honra. Tudo coisas inverosímeis e que continuam a causar grande espanto.
Se calhar há quem ache que quatro minutos não são suficientes para formar um juízo sério, mas não sou dessa opinião. Deu para perceber em quatro minutos de bola que o “Sargentão” tem um lado mole. Numa prova de maus fígados, conseguiu apresentar uma selecção sem um único jogador do campeão nacional. Mas mostrou que não é insensível aos pedidos do povo (pelo menos do povo que escreve nos jornais) e meteu Tiago e Petit no lugar de Costinha e Maniche. Não sei se isto é bom ou se é mau, mas sei que no Euro-2004 Scolari só aceitou mexer no pelotão depois de ter perdido na estreia, com a Grécia.
Sim, a velhinha já me disse o resultado do Portugal-Irão, mas eu não vou aqui revelá-lo para não estragar a surpresa.
(texto do PÚBLICO)
Ondas de Paixão
Há coisas piores
quarta-feira, junho 14, 2006
Para desenjoar um bocadinho da Copa...
A estreia do Brasil na Copa...
(Sempro quero ver se têm coragem de continuar a criticar a estreia da selecção portuguesa)
terça-feira, junho 13, 2006
Num era bem assim que eu esperava...
... mas como brasileiro só quer um pé pra comemorar...A vitória suadinha da seleção deixou muita gente assim por aqui.
Começou!
Jabor sobre a canarinha
no Primeiro Mundo. Temos orgulho deles: eles provam que algo pode dar certo
para “periféricos”. Não temos inveja, pois um dia poderemos ser ricos e
famosos como os neguinhos de Bento Ribeiro e do Capão Redondo...
Outro dia fiquei até com um pouco de pena dos criminosos na “segurança
máxima”, que não verão os jogos da Copa. É pior que solitária, pior que
ausência de mulher. Não ver a Copa , nos dias em que “até os esqueletos no
cemitério ouvem os jogos nos radinhos de pilha”? Nada pior que não ver o
jogo do Brasil. Os criminosos mais cavernosos têm uma forma de amor pelo
país que atacam. Marcola quer ver os jogos e torcer pela pátria, mesmo
depois de esculachar São Paulo?
Alem do crime, alem da barbárie, existe um Brasil desejado.
Alguma coisa une o traficante e a grã-fina. Mora em todos nós, mesmo no
assaltante, um sonho de felicidade.
Brasil na Copa
Hoje é dia de estreia do Brasil na Copa. Uma nação inteira, uma pátria de chuteiras vai parar para ver a canarinha. A Wal Nascimento não foge à regra, como pode ser confirmado pelos posts que escreveu durante esta noite e pela maneira como pula...(brincadeirinha, viu Wal?). Como sei que ela adora Jack Johnson, aquil lhe deixo uma canção do havaiano, para dar sorte. I was sitting, waiting, wishing/You believed in superstitions/Then maybe you'd see the signs...
Voltemos a falar da Copa
Upside Down
A novidade
segunda-feira, junho 12, 2006
Aquaman?
José Marinho, durante os comentários do Itália-Gana, na SportTv
Dia dos Namorados
Love is in the ass
Hoje é Dia dos Namorados e o amor, tal e qual um flato consumado, está no ar
Hoje, 12 de junho, é Dia dos Namorados. Apesar da distância que me separa da Isaura, a minha patroa, sou um romântico incurável e, por isso mesmo, não deixei a data passar em branco. Embiquei na direcção do legendário puteiro de oito andares de Colônia onde, graças às polpudas diárias que recebo de O GLOBO, contratei três namoradas que me juraram amor eterno até acabar a minha grana. A Alemanha parece os classificados eróticos de O GLOBO: é uma casa de massagem atrás da outra. Atrás, ao lado, por cima e por baixo.
Ao contrário do Brasil, aqui na terra germânica as “toleranzenhaus” são legalizadas e consideradas serviço de utilidade púbica. Todo trabalhador tem direito ao Vale Boquete, ao Seguro Bilau e ao Fundo de Garantia. Pelo menos o fundo está garantido. Com a vitória da Alemanha, o maior “bordelenschloss” do mundo estava lotado. Só consegui arrumar uma vaga na garagem, bem apertada. Quem comandava uma animada suruba no quarto andar era o craque alemão Steinhager, do DST de Hannover, o jogador preferido do Jaguar e do Lula.
O puteiro de oito andares de Colônia parece até o Congresso Nacional: a sacanagem come solta. E, assim como a Câmara dos Deputados, na semana passada o lupanar teutônico foi invadido por bando de radicais baderneiros do Movimento dos Enterra. São oito pavimentos, cada um dedicado a uma especialidade do mundo da safadeza erótica. O primeiro piço, quer dizer, piso, é dedicado ao sexo-ligeiro: boquetes, rala-ralas, frottages, dedadas e outras bolinações. No segundo andar, funciona a praça de alimentação onde só tem fast-fod. Nos outros pavimentos, você pode encontrar sadomasoquismo, dupla-penetração, swing e ménage. No quinto andar fica o SACO — Serviço de Atendimento ao Consumidor, onde quem não ficou satisfeito pode fazer a troca de casais.
Nuestro hermano sobre o Portugal-Angola
Angola estaba perdida, pero se empezó a asentar en el campo gracias a su centrocampista Figueiredo (jugador de raza blanca) que tocaba el balón y organizaba a sus compañeros constantemente. Así, empezaron a llegar los angoleños a la portería de Ricardo.
(Post sugerido por J. Bastos)
A opinião de Tutty Vasques
O que dizer sobre Portugal 1 x 0 Angola? Felipão ensinou aos portugueses que vencer não tem nada a ver com jogar futebol.
domingo, junho 11, 2006
Vitórinha
Deus nos livre dos pseudo-intelectuais na bola
Joaquim Rita, Antena 1
"...o jogador costa-ricense (sic) joga no campeonato do seu país..."
Miguel Prates, SporTv
"O Irão é hoje, talvez, a mais forte selecção asiática. Não tem
a velocidade vertical dos coreanos, nem a técnica dos japoneses,
mas, no global, a maior intensidade de jogo em termos físicos e
os desdobramentos defesa-ataque, com criatividade individual
e sentido táctico, tornam o seu bloco colectivo mais sólido."
Luís Freitas Lobo, PÚBLICO
"Em síntese, distinguem-se cinco espaços na dinâmica
táctica de uma equipa:
– Zona de risco; – zona de recuperação; – zona de
pressing/transição; – zona de criação/construção;
– zona de definição."
Idem, Ibidem
Não havia necessidade
Loura burra? Ou loura má?
A coisa aqui tá preta?
sempre na mesma. As televisões sufocam-nos
com futebol e já não há ninguém que
não esteja a par do estado físico do Deco, dos
amores de Cristiano Ronaldo ou dos gostos
musicais de Costinha e Figo. Toda a gente viu
que Gilberto Madail pintou o cabelo de louro e
toda a gente viu que o primeiro golo da Costa
Rica foi marcado em fora-de-jogo. Luís Filipe
Scolari vende-nos relógios e vende-nos esperança.
Se as coisas correrem mal, o país volta
a mergulhar em depressão e Scolari regressa
ao Brasil quatro milhões de euros mais rico.
Quatro milhões e mais alguns trocos, ganhos
com os relógios.
Chico Buarque, compatriota do nosso seleccionador
nacional, já explicou tudo numa
canção escrita há 30 anos mas que permanece
mais actual do que nunca: “Aqui na terra ‘tão
jogando futebol/ Tem muito samba, muito
choro e rock’n’roll/ Uns dias chove, noutros
dias bate sol/ Mas o que eu quero é lhe dizer
que a coisa aqui tá preta”. É, a coisa aqui está
preta, mas não há desgraça que sempre dure.
O sol bate, inclemente, e os pinhais
deflagram em chamas, mas os incêndios já
não fazem a abertura dos telejornais, porque
há outros assuntos mais emocionantes
relacionados com a bola que rola. Esqueça-se
a inflação, o desemprego, os chumbos a
Matemática, os fechos das maternidades,
a guerra no Iraque. É tão longe o Iraque.
Outros valores mais altos se levantam. E
que ninguém se queixe. Mundial de Futebol
é para isso mesmo. Durante 30 dias, o país
esquece as agruras do dia-a-dia e sublima
as frustrações de cachecol ao pescoço, insultando,
enrouquecido, o árbitro ou rugindo de
alegria com os golos “dos nossos rapazes”.
Vamos curtir, vamos ganhar, vamos sonhar.
E depois logo se vê.
quinta-feira, junho 08, 2006
Deus é grande...
Duas igrejas de Berlim, a Catedral de Berlim e a Kaiser-Wilhelm Memorial Church, terão missas de 15 minutos celebradas nos intervalos dos encontros.
As missas terão sermões relacionados com o futebol e cânticos semelhantes aos hinos, permitindo aos adeptos rezar pela vitória da sua equipa.
quarta-feira, junho 07, 2006
Rapazinho idiota
Copa
É portanto ao Brasil que regresso para atenuar a angústia da espera. Ao Brasil de Nelson Rodrigues, Paulo Mendes Campos, Mário Filho, Paulo Guilherme, Mário Prata, Manuel Bandeira, Chico Buarque e tantos outros que escreveram, cantaram e sofreram com o melhor futebol do mundo. Ao Brasil dos jogos intermináveis e suados nas várzeas e nas praias. A Pátria em Chuteiras. O esplendor na grama. Pelé, Garrincha, Tostão, Gilmar, Jairzinho, Zico, Ronaldo, Romário, Ronaldinho, Ronaldo. Vou torcer por Portugal, claro. Mas vou sofrer e muito pelo Brásiuuuuu!
E enquanto a bola não rola, delicio-me com o funk de DJ Marlboro e outras figurinhas dos morros. Deixem cair o preconceito e escutem com atenção. O futuro da música brasileira passa por ali. Gente insuspeita como Fernanda Abreu já o percebeu.
Paulo Guilherme não é um Nelson Rodrigues. Mas nestes dias pré-copa é uma delícia ler as pequenas histórias sobre goleiros. Bem escritas, com ginga e muito humor. O livro já está disponível na FNAC.
Arrepio-me sempre que ouço o hino do Pohliteama. Neste DVD, Chico presta testemunho da sua paixão pelo futebol. Pelas tardes intermináveis a chutar a bola em campos manhosos e areais cheios de gente morena. Delicioso.
terça-feira, junho 06, 2006
Truques para aguentar até ao início da COPA
sexta-feira, junho 02, 2006
ULTIMA TENTAÇÃO
Ficaram os dois numa desesperante frustação.
Não há dúvida que o Paraíso está a tornar-se cada vez mais chato!
Mário-Henrique Leiria