quinta-feira, novembro 30, 2006
LUCROS...
Os lucros da Caixa Geral de Depósitos sobem 31 % isto é para 555 milhões de euros. No final de Setembro a margem financeira cresceu 13.7 % enquanto as comissões aumentaram 29,2 %.
O BCP foi, nos primeiros nove meses, o mais lucrativo, mas porque registou ganhos não recorrentes.
Só não se percebe como é que a Banca está tão bem e o resto é o que se sabe…
Só não se percebe como é que a Banca está tão bem e o resto é o que se sabe…
quarta-feira, novembro 29, 2006
Este é o vídeo mais visto na Internet...
.... foi visto 900 milhões de vezes. 900 milhões de acessos para ver o canadiano Gyslain Raza a brincar com um... pau. Sem malícia, hein. Alguém explica?
terça-feira, novembro 28, 2006
Eu tenho um anjo...
Sem palavras (mas com post-it)
segunda-feira, novembro 27, 2006
ORGASMO GLOBAL
De acordo com o PUBLICO de hoje, a iniciativa Orgasmo Global (http://globalorgasm.org) quer organizar um orgasmo sincronizado à escala planetária, no próximo dia 23 de Dezembro. O primeiro orgasmo anual sincronizado com o solstício pretende que os participantes concentrem os seus pensamentos na paz, durante e após o orgasmo. Segundo os promotores, a combinação de alta energia orgásmica com uma intenção mental dirigida poderá ter um efeito maior do que meditações e orações em massa.
E se fosse mesmo verdade? Se acontecimentos de consciência colectiva à escala global pudessem influenciar a energia e a matéria? Estará o mundo preparado para uma orgia global? Estamos perante o fim das guerras no mundo?
Durante 15 minutos, pelo menos…
E se fosse mesmo verdade? Se acontecimentos de consciência colectiva à escala global pudessem influenciar a energia e a matéria? Estará o mundo preparado para uma orgia global? Estamos perante o fim das guerras no mundo?
Durante 15 minutos, pelo menos…
NUDEZ !!!
Passado um mês sobre a derrota do partido de G. Bush nas eleições para a Câmara dos Representantes é interessante verificar a opinião de alguns opinion makers portugueses, de acordo com as declarações que prestaram ao DN.
Por exemplo, Luís Delgado afirma que “mais do que as armas de destruição maciça, interessava acabar com o regime desumano e perigoso que não podia ser vigiado toda a vida. Por isso, a longo prazo foi a decisão certa.”
Por sua vez, Durão Barroso – o rosto português no apoio à invasão do Iraque - disse esta semana numa entrevista à SIC que não se arrepende da solidariedade para com os aliados na Cimeira das Lajes, mas reconheceu que “as coisas estão a correr mal.”
Também Vasco Rato, que em 2003 chegou a afirmar metaforicamente que passearia nu pelo Rossio se os americanos não detectassem as tais armas, continua a defender que as causas da invasão se justificavam na luta contra o terrorismo e que a posição portuguesa de apoio “servia o interesse nacional.”
Por fim, José Manuel Fernandes esclarece que “foram cometidos enormes erros nos primeiros meses de ocupação. Também não esperava que os serviços secretos americanos, britânicos e franceses se tivessem enganado quanto à existência de armas de destruição maciça.” !!!
Aguardamos pelo tal passeio no Rossio …
Por exemplo, Luís Delgado afirma que “mais do que as armas de destruição maciça, interessava acabar com o regime desumano e perigoso que não podia ser vigiado toda a vida. Por isso, a longo prazo foi a decisão certa.”
Por sua vez, Durão Barroso – o rosto português no apoio à invasão do Iraque - disse esta semana numa entrevista à SIC que não se arrepende da solidariedade para com os aliados na Cimeira das Lajes, mas reconheceu que “as coisas estão a correr mal.”
Também Vasco Rato, que em 2003 chegou a afirmar metaforicamente que passearia nu pelo Rossio se os americanos não detectassem as tais armas, continua a defender que as causas da invasão se justificavam na luta contra o terrorismo e que a posição portuguesa de apoio “servia o interesse nacional.”
Por fim, José Manuel Fernandes esclarece que “foram cometidos enormes erros nos primeiros meses de ocupação. Também não esperava que os serviços secretos americanos, britânicos e franceses se tivessem enganado quanto à existência de armas de destruição maciça.” !!!
Aguardamos pelo tal passeio no Rossio …
quarta-feira, novembro 22, 2006
Ainda mais razões para amar o Brasil
Mais razões para amar o Brasil
Razões para amar o Brasil
O Bêbado e o Equilibrista
Elis. Eterna.
Porto Alegre
Casa Museu Mário Quintana
Andei desaparecido durante algum tempo, eu sei. Mas tenho uma boa desculpa: fui até Porto Alegre, terra de causas e de gaúchos, terra de Erico e de Luís Fernando Verissimo (que lançou esta semana mais um livro), de Tabajara Ruas, Mário Quintana e do genial Moacyr Scliar, de quem falarei noutros posts. Terra do meu Inter e de Elis. Já não visitava Porto Alegre há dois anos e desta vez encontrei uma cidade mais suja, com mais focos de insegurança, com mais favelas (ou bairros a caminho de se tornarem favelas). Mas, apesar de já ter conhecido melhores dias (na minha nada modesta opinião), POA mantém algum charme. Não sei se vos interessa muito, mas vou publicar nos próximos tempos algumas coisas sobre POA. E começo assim:
Intitula-se “Traçando Porto Alegre”, foi escrito por Luís Fernando Verissimo e é, provavelmente, o melhor guia que existe sobre a capital do Rio Grande do Sul. O mais divertido é, de certeza. Atente-se nas primeiras linhas: “Porto Alegre vive à beira de alguns mal-entendidos. Para começar, vive à beira de um rio que não é rio. O Guaíba é um estuário, ou como quer que se chame essa espécie de ante-sala onde cinco rios se reúnem para entrar juntos na Lagoa dos Patos. Mas todos o chamam de Rio Guaíba. A rua principal da cidade não existe. Você rodará toda a cidade à procura da Rua da Praia e não a encontrará. Usando a lógica - o que é sempre arriscado, em Porto Alegre - procurará uma rua que margeia o rio (que não é rio), ou que comece ou termine numa praia. Se dará mal. Não há praias no centro da cidade, e nenhuma rua ao longo do falso rio se chama ‘da praia’”.
“Traçando Porto Alegre” pode ser encontrado em qualquer livraria, em qualquer quiosque, em qualquer “sebo” da capital gaúcha. É uma instituição tão célebre quanto o chimarrão e a cuia, as bombachas (calças) dos vaqueiros gaúchos, o churrasco ou o Parque Farroupilha. Com ele na mão, a cidade de 1,5 milhões de habitantes, a orgulhosa capital da cultura gaúcha começa aos poucos a fazer sentido. A desmontagem dos mal entendidos, feita com terna ironia por Verissimo, deixa à vista uma cidade que pode não ser deslumbrante, mas que cativa como poucas.
Porto Alegre é uma cidade com muitas aldeias dentro. No centro estão os hotéis antigos e as principais construções históricas . Os melhores restaurantes têm que ser procurados no bairro elitista de Moinhos de Vento, enquanto os bares da boémia, repletos de intelectuais, cerveja e boa comida (os chamados “sanduíches abertos” são simplesmente deliciosos) ficam na Cidade Baixa. Incontornáveis são também os estádios do Grémio e do Internacional, os dois clubes rivais da cidade, o parque de Itapuã e as marinas. O pôr-de-sol no Guaíba é de graça, como frisa Verissimo. E é também inesquecível.
Andei desaparecido durante algum tempo, eu sei. Mas tenho uma boa desculpa: fui até Porto Alegre, terra de causas e de gaúchos, terra de Erico e de Luís Fernando Verissimo (que lançou esta semana mais um livro), de Tabajara Ruas, Mário Quintana e do genial Moacyr Scliar, de quem falarei noutros posts. Terra do meu Inter e de Elis. Já não visitava Porto Alegre há dois anos e desta vez encontrei uma cidade mais suja, com mais focos de insegurança, com mais favelas (ou bairros a caminho de se tornarem favelas). Mas, apesar de já ter conhecido melhores dias (na minha nada modesta opinião), POA mantém algum charme. Não sei se vos interessa muito, mas vou publicar nos próximos tempos algumas coisas sobre POA. E começo assim:
Intitula-se “Traçando Porto Alegre”, foi escrito por Luís Fernando Verissimo e é, provavelmente, o melhor guia que existe sobre a capital do Rio Grande do Sul. O mais divertido é, de certeza. Atente-se nas primeiras linhas: “Porto Alegre vive à beira de alguns mal-entendidos. Para começar, vive à beira de um rio que não é rio. O Guaíba é um estuário, ou como quer que se chame essa espécie de ante-sala onde cinco rios se reúnem para entrar juntos na Lagoa dos Patos. Mas todos o chamam de Rio Guaíba. A rua principal da cidade não existe. Você rodará toda a cidade à procura da Rua da Praia e não a encontrará. Usando a lógica - o que é sempre arriscado, em Porto Alegre - procurará uma rua que margeia o rio (que não é rio), ou que comece ou termine numa praia. Se dará mal. Não há praias no centro da cidade, e nenhuma rua ao longo do falso rio se chama ‘da praia’”.
“Traçando Porto Alegre” pode ser encontrado em qualquer livraria, em qualquer quiosque, em qualquer “sebo” da capital gaúcha. É uma instituição tão célebre quanto o chimarrão e a cuia, as bombachas (calças) dos vaqueiros gaúchos, o churrasco ou o Parque Farroupilha. Com ele na mão, a cidade de 1,5 milhões de habitantes, a orgulhosa capital da cultura gaúcha começa aos poucos a fazer sentido. A desmontagem dos mal entendidos, feita com terna ironia por Verissimo, deixa à vista uma cidade que pode não ser deslumbrante, mas que cativa como poucas.
Porto Alegre é uma cidade com muitas aldeias dentro. No centro estão os hotéis antigos e as principais construções históricas . Os melhores restaurantes têm que ser procurados no bairro elitista de Moinhos de Vento, enquanto os bares da boémia, repletos de intelectuais, cerveja e boa comida (os chamados “sanduíches abertos” são simplesmente deliciosos) ficam na Cidade Baixa. Incontornáveis são também os estádios do Grémio e do Internacional, os dois clubes rivais da cidade, o parque de Itapuã e as marinas. O pôr-de-sol no Guaíba é de graça, como frisa Verissimo. E é também inesquecível.
quarta-feira, novembro 15, 2006
Ridículas cartas de amor
Só porque hoje é feriado por aqui e eu estou com preguiça de fazer textos e o meu humor está péssimo porque tem um sol lindo lá fora e eu tenho que ficar olhando pra esta tela de computador até que as idéias decidam acontecer. Enquanto elas não vêm, por que não citar Pessoa? Ou cantar alguma coisa que ninguém mais entenda...
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que sãoRidículas
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade e que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"
Fernando Pessoa
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que sãoRidículas
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade e que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"
Fernando Pessoa
segunda-feira, novembro 13, 2006
O'Neill... sempre.
"Ele não merece, mas vota no PS”. Um estribilho criado por um poeta de génio. “O PC não é aquilo que se vê”. Também lhe pertencia, este jogo fonético, resultado de um apurado sentido de ironia. E as "sentenças delirantes dum poeta para si próprio em tempo de cabeças pensantes"...
Não te ataques com os atacadores dos outros.
Deixa a cada sapato a sua marcha e a sua direcção.
0 mesmo deves fazer com os açaimos.
E com os botões.
Não te candidates, nem te demitas. Assiste.
Mas não penses que vais rir impunemente a sessão inteira.
Em todo o caso fica o mais perto possível da coxia.
Tira as rodas ao peixe congelado,
mas sempre na tua mão.
Depois, faz um berreiro.
Quando tiveres bastante gente à tua volta,
descongela a posta e oferece um bocado a cada um.
Não te arrimes tanto à ideia de que haverá sempre
um caixote com serradura à tua espera.
Pode haver. Se houver, melhor...
Esta deve ser a tua filosofia.
Tudo tem os seus trâmites, meu filho!
Não faças brincos de cerejas
sem te darem, primeiro, as orelhas.
Era bom que esta fosse, de facto, a tua filosofia.
Perguntas-me o que deves fazer com a pedra que
te puseram em cima da cabeça?
Não penses no que fazer com. Cuida no que fazer da.
É provável que te sintas logo muito melhor.
Sai, então, de baixo da pedra.
Onde houver obras públicas não deponhas a tua obra.
Poderias atrapalhar os trabalhos.
Os de pedra sobre pedra, entenda-se.
Mas dá sempre um "Bom dia!" ao pessoal do estaleiro.
Uma palavra é, às vezes, a melhor argamassa.
Deves praticar os jogos de palavras, mas sempre
com a modéstia do cientista que enxertou em si mesmo
a perna da rã, e que enquanto não coaxa, coxeia.
Oxalá o consigas !
(...)
Resume todas estas sentenças delirantes numa única
sentença:
Um escritor deve poder mostrar sempre a língua portuguesa.
Não te ataques com os atacadores dos outros.
Deixa a cada sapato a sua marcha e a sua direcção.
0 mesmo deves fazer com os açaimos.
E com os botões.
Não te candidates, nem te demitas. Assiste.
Mas não penses que vais rir impunemente a sessão inteira.
Em todo o caso fica o mais perto possível da coxia.
Tira as rodas ao peixe congelado,
mas sempre na tua mão.
Depois, faz um berreiro.
Quando tiveres bastante gente à tua volta,
descongela a posta e oferece um bocado a cada um.
Não te arrimes tanto à ideia de que haverá sempre
um caixote com serradura à tua espera.
Pode haver. Se houver, melhor...
Esta deve ser a tua filosofia.
Tudo tem os seus trâmites, meu filho!
Não faças brincos de cerejas
sem te darem, primeiro, as orelhas.
Era bom que esta fosse, de facto, a tua filosofia.
Perguntas-me o que deves fazer com a pedra que
te puseram em cima da cabeça?
Não penses no que fazer com. Cuida no que fazer da.
É provável que te sintas logo muito melhor.
Sai, então, de baixo da pedra.
Onde houver obras públicas não deponhas a tua obra.
Poderias atrapalhar os trabalhos.
Os de pedra sobre pedra, entenda-se.
Mas dá sempre um "Bom dia!" ao pessoal do estaleiro.
Uma palavra é, às vezes, a melhor argamassa.
Deves praticar os jogos de palavras, mas sempre
com a modéstia do cientista que enxertou em si mesmo
a perna da rã, e que enquanto não coaxa, coxeia.
Oxalá o consigas !
(...)
Resume todas estas sentenças delirantes numa única
sentença:
Um escritor deve poder mostrar sempre a língua portuguesa.
SAP
Por causa das dores na coluna, hoje fui a um Serviço de Atendimento Permanente. Um dos que o ministro vai fechar. Fui atendido com competência e simpatia. Entrei mal e saí quase bem. Tudo em pouco mais de uma hora, tratamento incluído. Ó senhor ministro: deixe o meu SAP em paz, porra! Logo agora que eu encontrei algo que funciona, vem um ministro e encerra-o. Não é justo.
O mito
Para além do boto e seus encantos em noites de lua cheia. Em matéria de lenda, sou mais o Armando. Trinta e poucos anos de radiojornalismo e de muita lambança. Um mito. Vive armando (trocadilho irresistível), aumentando histórias e fazendo justiça ‘a fama que tem.Tou pra ver um pescador superá-lo. E, mesmo sabendo que pelo menos 90% do que ele fala precisa de uma segunda opinião para ganhar credibilidade, mantenho o hábito. As primeiras notícias da manhã têm que ser recebidas dele. E não há um dia em que eu não me surpreenda. Seja pelo inusitado da informação, pela coragem de mentir tão encantadoramente, pela singeleza da forma contada, ou mesmo, por resistir à tentação de não exagerar tanto numa notícia ( às vezes ele se supera). O Armando é meu café da manhã de notícias loucas. E hoje, como sempre, não podia faltar a minha dose de sulrealismo noticiário.
“Numa comunudade perto de Parintins, no Estado do Amazonas_ diz ele com aquela voz impostada para ganhar mais respeito_ foi encontrado um homem-peixe, morto. Talvez, crime passional cometido pela mãe d’agua...”
Mais uma vez a superação. É um artista noveleiro este malandro! Dou risada até doer a barriga. Aí me vem o meu colega de trabalho dizendo que a notícia é velha e que a foto já está até na internet.
_Um tritão, sim senhora! Diz ele com ar de sério. Peixe com jeito de homem. _Na Amazônia?! Quem duvida... Dou a ele o benefício da dúvida e vejam só o que eu encontro.
Segundo li no jornal “ O Impacto”, quem vai decidir se esta e outras fotos são verdadeiras ou não, é uma equipe formada por cerca de 130 especialistas. Quanto 'a causa da morte, eu fico com a versão do Armando.
domingo, novembro 12, 2006
As dores nas costas tornam-me malvado. Ando por aí a ganir e a irritar toda a gente. Mil perdões, gente.
sexta-feira, novembro 10, 2006
E PRONTO
Quem nunca teve dificuldades em colocar um preservativo que atire a primeira pedra. O momento é de tensão (e tesão) e é complicado perceber para que lado desenrola a camisinha. E se a parceira não ajudar fica tudo mais complicado.
Foi a pensar nesses momentos delicados que um sul-africano inventou uma camisinha que se coloca em três segundos. 1, 2, 3 e o nosso "amigão" (ou amiguinho, que nem todos são afortunados) fica agasalhado e pronto para a refrega. Ora vejam os anúncios da PRONTO!
Foi a pensar nesses momentos delicados que um sul-africano inventou uma camisinha que se coloca em três segundos. 1, 2, 3 e o nosso "amigão" (ou amiguinho, que nem todos são afortunados) fica agasalhado e pronto para a refrega. Ora vejam os anúncios da PRONTO!
quinta-feira, novembro 09, 2006
A delícia dos meus olhos...
...é esta aqui!
Li em algum lugar que este vai ser o natal de chocolates em Lisboa. Aquelas caixas coloridas, embrulhadas pra presentes, com direito a excessos... Ai, no Brasil a moda dessas prendas natalinas também vinha a calhar...
Mr Gorbachov, tear down this wall!
O muro veio abaixo há precisamente 17 anos. E o mundo mudou de vez. Na noite de 9 de Novembro de 1989. Alguém é capaz de explicar por que razão os jornais portugueses ignoram olimpicamente a efeméride? Ele há coisas extraordinárias, não há?
MONICA MIA!
Aos 46 anos, Monica Bellucci posou para as edições italianas das revistas Vogue e GQ. O resultado deixou-me sem palavras. Sem fôlego. Conseguem imaginar melhor maneira de começar o dia? Não se esqueçam de clicar nas imagens para tornar a Monica ainda maior...
PS - Não, Miguel, ainda não é desta que decidimos fazer concorrência ao teu blogue. Aqui pelo Amor e Ócio temos muito respeito pele genuíno serviço público que nos vais prestando a todos.
PS - Não, Miguel, ainda não é desta que decidimos fazer concorrência ao teu blogue. Aqui pelo Amor e Ócio temos muito respeito pele genuíno serviço público que nos vais prestando a todos.
Política de estalo
Governo e oposição enfrentam-se por causa do Orçamento de Estado. Quem ganhou?
quarta-feira, novembro 08, 2006
MEMÓRIAS...
Paulo Portas vai ser condecorado por Donald Rumsfeld 03.05.2005 - 07h49 Lusa
O ex-ministro da Defesa Paulo Portas vai ser condecorado amanhã no Pentágono, em Washington, pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld.
Os fundamentos da distinção serão conhecidos amanhã, após a cerimónia reservada de condecoração.A manutenção do comando da NATO em Oeiras, o empenho de Paulo Portas no alargamento da Aliança Atlântica, a opção por duas fragatas norte-americanas no reequipamento das Forças Armadas e a posição portuguesa na guerra do Iraque são razões apontados para justificar a condecoração.
O ex-ministro da Defesa Paulo Portas vai ser condecorado amanhã no Pentágono, em Washington, pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld.
Os fundamentos da distinção serão conhecidos amanhã, após a cerimónia reservada de condecoração.A manutenção do comando da NATO em Oeiras, o empenho de Paulo Portas no alargamento da Aliança Atlântica, a opção por duas fragatas norte-americanas no reequipamento das Forças Armadas e a posição portuguesa na guerra do Iraque são razões apontados para justificar a condecoração.
Jardim Fedorento
George W. Bush confirma demissão de Donald Rumsfeld
Mal consigo esperar para ler a crónica de Portas no próximo Sol. Lá se foi o amigo americano. O Donald das medalhas. O Tempora, O Mores!
Poesia que salva
Poeminha do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Mário Quintana, Prosa e Verso, 1978. Obrigado, Wal.)
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Mário Quintana, Prosa e Verso, 1978. Obrigado, Wal.)
terça-feira, novembro 07, 2006
Eleições americanas
Se morasse na América, provavelmente militaria no GOP. Mas não seria tonto ao ponto (rimou!) de votar uma e outra vez nestes republicanos de W. Bush. Por isso, repito aqui o apelo do Bild: «Devolvam-nos a boa América».
My name is Earl
Acabei de ler no PÚBLICO que a 2: vai passar a transmitir a série "My name is Earl". Aos sábados à noite. E o meu conselho é: não percam. Se não tiverem tempo para assistir em directo aprendam a programar o vídeo. Esta sitcom sobre o white trash diz mais sobre a a América do que dezenas de tratados de sociologia. E ajuda-nos, a nós, europeus (ou quase europeus), a entender melhor as razões que levaram os redneck a eleger e a reeleger George W. Bush.
Em verdade vos digo: My name is Earl está pertinho ga genialidade de Seinfeld ou The Office. Andei meses a descarregar os episódios da net e esta semana recebi, via Amazon, o DVD da primeira série. E ainda nao parei de rir.
Bimbo da Costa?
Este post começa com um pedido de desculpas antecipado. Ao presidente do FCP e aos adeptos do clube feioso do Dragão. Mas não resisto. Encontrei este vídeo através do GABARDINA e desmanchei-me a rir. Não aconteceu, mas podia ter acontecido. Em flamengo, ainda por cima, o que torna tudo ainda mais divertido. Haja fairplay e sentido de humor...
segunda-feira, novembro 06, 2006
FÃ DA CAIXA...
Com a devida vénia a Rui Santos, a notícia segundo a qual a Caixa Geral de Depósitos comprou os direitos de imagem do seleccionador nacional, Luís Filipe Scolari, que vai receber, à conta desse contrato, válido até 2008, cerca de 18 milhões de euros, é no mínimo perturbante.
Nos últimos dias Scolari voltou a entrar com toda a força na vida dos portugueses. Na televisão, através de enigmáticos ‘spots’ publicitários. Nos jornais, também. Já todos tínhamos alcançado a apetência dos Bancos em potenciar a imagem do seleccionador nacional e, com ela, rentabilizar os respectivos investimentos. Foi o BPN, depois a tentativa do BES e, agora, o enigma revelou-se. Ei-la, a Caixa Fã, da CGD, a tentar seduzir os portugueses com o seu próprio dinheiro.
A matéria pode parecer inócua mas a verdade é que ela levanta questões de natureza política, económica, social e ética (…). A CGD é uma sociedade anónima com um único sócio – o Estado. Possui estatutos aprovados pelo Dec. Lei n.º 287/93, de 20 de Agosto, e está sujeita ao regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras como qualquer outro banco. As acções são detidas pela Direcção-Geral do Tesouro e o Estado exerce os seus direitos de accionista através de um representante indicado pelo Ministério das Finanças. Interessa saber, de facto, se há algum mote conflituante entre os interesses do accionista-Estado e os interesses da sociedade-Caixa – como sociedade unipessoal.
(…) Como é que a CGD se sente na confortável situação de fazer contratos, neste caso com Scolari, na ordem dos 18 milhões de euros? As numerosas famílias portuguesas que pedem empréstimos à Caixa para poderem usufruir de habitação própria não terão legitimidade para questionar o Estado que por sua vez não questiona o respectivo Conselho de Administração daquela instituição bancária? Os portugueses estão à espera de que a CGD faça contratos milionários com Scolari ou aspiram a que a CGD reduza as taxas de juro e os ‘spreads’ que afectam milhões de cidadãos? Então, onde reside a vocação de alcance social proclamada estatutariamente pela Caixa? O interesse do Estado, neste caso, é de natureza política? Porquê?
A situação que envolve as parcerias com o Benfica avaliadas em mais de 30 milhões de contos é um pouco diferente, mas também pode levantar o mesmo tipo de questões. A CGD não é um banco privado nem uma multinacional, habituados a patrocinar figuras públicas, muitas das quais ligadas ao Desporto, ou diversos tipos de eventos. A Caixa, que tem como único sócio o Estado, deveria utilizar os dinheiros públicos em benefício da Comunidade e não de ‘comunidades’ ou de interesses pouco claros. Até que ponto Scolari poderá contribuir para os portugueses verem o valor das suas prestações diminuídas no âmbito do crédito à habitação?
A matéria pode parecer inócua mas a verdade é que ela levanta questões de natureza política, económica, social e ética (…). A CGD é uma sociedade anónima com um único sócio – o Estado. Possui estatutos aprovados pelo Dec. Lei n.º 287/93, de 20 de Agosto, e está sujeita ao regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras como qualquer outro banco. As acções são detidas pela Direcção-Geral do Tesouro e o Estado exerce os seus direitos de accionista através de um representante indicado pelo Ministério das Finanças. Interessa saber, de facto, se há algum mote conflituante entre os interesses do accionista-Estado e os interesses da sociedade-Caixa – como sociedade unipessoal.
(…) Como é que a CGD se sente na confortável situação de fazer contratos, neste caso com Scolari, na ordem dos 18 milhões de euros? As numerosas famílias portuguesas que pedem empréstimos à Caixa para poderem usufruir de habitação própria não terão legitimidade para questionar o Estado que por sua vez não questiona o respectivo Conselho de Administração daquela instituição bancária? Os portugueses estão à espera de que a CGD faça contratos milionários com Scolari ou aspiram a que a CGD reduza as taxas de juro e os ‘spreads’ que afectam milhões de cidadãos? Então, onde reside a vocação de alcance social proclamada estatutariamente pela Caixa? O interesse do Estado, neste caso, é de natureza política? Porquê?
A situação que envolve as parcerias com o Benfica avaliadas em mais de 30 milhões de contos é um pouco diferente, mas também pode levantar o mesmo tipo de questões. A CGD não é um banco privado nem uma multinacional, habituados a patrocinar figuras públicas, muitas das quais ligadas ao Desporto, ou diversos tipos de eventos. A Caixa, que tem como único sócio o Estado, deveria utilizar os dinheiros públicos em benefício da Comunidade e não de ‘comunidades’ ou de interesses pouco claros. Até que ponto Scolari poderá contribuir para os portugueses verem o valor das suas prestações diminuídas no âmbito do crédito à habitação?
NOTA: A CGD esclarece que a ligação a Scolari se enquadra na campanha publicitária Caixa Fã, cuja iniciativa envolve um investimento global de 16 milhões de euros. Quer dizer: ficamos sem saber o valor exacto a receber pelo seleccionador mas a questão de fundo mantém-se. E se se confirmar que a CGD está a ‘suportar parte do salário do treinador’, a coisa ainda fica mais preta.
Quero que tudo vá pro Inferno
Ouvir a minha mãe cantar é uma das boas recordações da minha infância. Ela andava por casa, ocupada a fazer uma e outra coisa, e ia cantando boleros, fados, canções românticas da Madalena Iglésias, êxitos da Jovem Guarda. Sempre sem desafinar (ou, pelo menos, é assim que me lembro).Era eu garotinho e Roberto Carlos e seu parceiro Erasmo eram os ídolos da altura no Brasil e também em nossa casa, que foi sempre muito chegada a coisas do outro lado do Atlântico. Mais tarde vim a detestar Roberto Carlos, o Rei, e a achar simplesmente insuportável aquela pose de cantor de charme dos trópicos. Aquela breguice toda passou a causar-me enjoos. E outras músicas e outros ritmos acabaram por marcar a minha vida.
Mas, no início dos anos 1990, Maria Bethânia gravou um disco de homenagem a Roberto Carlos, intitulado "As canções que você fez para mim". E eu dei por mim a trautear as mesmas musiquinhas que a minha mãe cantava quando eu era garoto. Fui ouvir de novo Roberto Carlos, convencido de que teria feito um juizo apressado sobre o homem. Mas não. Continuo a detestá-lo, excepção feita à mítica "Curvas da estrada de Santos" (é preciso dirigir nesta estrada para peceber...).
Hoje abomino o homem, mas respeito a sua obra. E acho notável que canções escritas com ligeireza há 30 anos permaneçam frescas e apetecíveis. Estou bem acompanhado: Bethânia, caetano, Adriana calcanhotto, Chico César, Jota Quest e outros que tais recriaram com grande sucesso canções da Jovem Guarda.
Antes que me acusem de gerontofilia, passo a demonstrar: No final deste texto, pode ser escutado um dos temas mais conhecidos do Rei Roberto: "Quero que tudo vá pro Inferno". Na versão dos portugueses GNR. Claro, o público português está fartinho de ouvir e até de pular com um dos sucesos do Verão. Mas os brasileiros que visitam este blogue, e são cada vez mais, não fazem a mínima ideia do impacto que a cançãozinha continua a fazer do lado de cá. Este post é para eles. E para a minha mãe, que continua, felizmente, a ter vontade de cantar. Sempre afinadinha.
GNR - Quero que tudo vá pro inferno.mp3
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Mas, no início dos anos 1990, Maria Bethânia gravou um disco de homenagem a Roberto Carlos, intitulado "As canções que você fez para mim". E eu dei por mim a trautear as mesmas musiquinhas que a minha mãe cantava quando eu era garoto. Fui ouvir de novo Roberto Carlos, convencido de que teria feito um juizo apressado sobre o homem. Mas não. Continuo a detestá-lo, excepção feita à mítica "Curvas da estrada de Santos" (é preciso dirigir nesta estrada para peceber...).
Hoje abomino o homem, mas respeito a sua obra. E acho notável que canções escritas com ligeireza há 30 anos permaneçam frescas e apetecíveis. Estou bem acompanhado: Bethânia, caetano, Adriana calcanhotto, Chico César, Jota Quest e outros que tais recriaram com grande sucesso canções da Jovem Guarda.
Antes que me acusem de gerontofilia, passo a demonstrar: No final deste texto, pode ser escutado um dos temas mais conhecidos do Rei Roberto: "Quero que tudo vá pro Inferno". Na versão dos portugueses GNR. Claro, o público português está fartinho de ouvir e até de pular com um dos sucesos do Verão. Mas os brasileiros que visitam este blogue, e são cada vez mais, não fazem a mínima ideia do impacto que a cançãozinha continua a fazer do lado de cá. Este post é para eles. E para a minha mãe, que continua, felizmente, a ter vontade de cantar. Sempre afinadinha.
GNR - Quero que tudo vá pro inferno.mp3
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sábado, novembro 04, 2006
Ive Mendes
O Miguel Marujo, que é um rapaz de bom gosto, deu-nos de presente esta bela imagem da bela Ive Mendes. Desfrutem. E descansem os olhos no "exquisite" E Deus Criou a Mulher. Vão ver que não se arrependem.
Já agora:cliquem AQUI para mais Ive...
Discutir a relação
Obs: Se não gosta de coisas copiadas, passe para o próximo post sem perder tempo com este aqui... E se nunca discutiu relação, também.
DISCUTIR A RELAÇÃO é um ato recente. Antigamente, lá pelos anos 60, não se fazia isso. Quando o namorado ou a namorada chegava para o outro e dizia: "Sabe, eu estive pensando...” Pronto, o ouvinte já sabia que era o fim. Não havia mais o que discutir. Saía cada um para o seu lado dizendo que houve (que saudades) uma "incompatibilidade de gênios". Isso resolvia tudo.
E os nossos pais jamais discutiram a relação. Nem mesmo a relação sexual. Dava-se uma porrada e não se falava mais naquilo. As mulheres (infelizmente) sabiam do seu lugar ao lado do fogão, sem o fogo do amado.
Mas o mundo girou, a lusitana rodou, vieram os psicanalistas e as feministas. Sim, foram eles que instigaram as mulheres a DISCUTIR A RELAÇÃO. Sim, são sempre as mulheres que começam (e acabam) as discussões e as relações. Os terapeutas, porque colocam na cabeça da gente que devemos dizer tudo que pensamos da pessoa amada para ela e não para o melhor amigo. E as feministas, bem, as feministas...
Mas, antes de surgir a expressão DISCUTIR A RELAÇÃO, tivemos outros nomes para a mesma desgastante peleja. "Vamos dar um tempo' não durou muito. Depois surgiu "Nossa relação está desgastada". Por que não "gastada"?
Hoje, modismo ou não, não há casal que não DISCUTA A RELAÇÃO, pelo menos uma vez por semana, igualando ao número de atividades sexuais. DISCUTE-SE A RELAÇÃO nos mais variados lugares. Alguns sombrios, outros perigosos.
O melhor lugar para se discutir a relação é na sala. Está-se próximo do uísque, da televisão que pode ser ligada a qualquer momento e mesmo da porta, para uma saída furtiva e quase sempre covarde. E é ótimo DISCUTIR A RELAÇÃO andando em círculos, com um copo na mão, um ouvido na fera e um olho no futebol. Sim, as mulheres adoram esta atividade aos domingos. Eu tenho um amigo que, quando quer sair sozinho com os amigos, diz: "Vou até lá em casa e dou um jeito de DISCUTIR A RELAÇÃO com a patroa, ela fica irritada e eu tenho um motivo para voltar aqui para o bar'.
DISCUTIR A RELAÇÃO no quarto só tem duas saídas. Tudo terminar numa belíssima e lacrimejante cena de amor (às vezes, até com uns tapinhas carinhosos) ou a ida de um dos meliantes para o outro quarto. No quarto, é impossível se tratar deste assunto impunemente. Principalmente se os dois atletas estiverem deitados. E nus. E se houver alguma faca por perto. Vide Robbit.
No carro, é um perigo. Deveria haver multa para esses casais que colocam em risco não apenas a vida deles, como também dos transeuntes e demais carros. DISCUTIR A RELAÇÃO dentro do carro sempre acaba em trombada na cara. E quem está dirigindo leva sempre a pior. Ou então propor um rodízio. Segunda, não discutem casais com final 1 e 2. Terça, 3 e 4. E assim por diante.
Agora, não há nada mais desagradável do que DISCUTIR A RELAÇÃO por telefone. É um horror. Geralmente é de madrugada. Longos silêncios... "Você está me ouvindo? Você está aí?" A gente não vê os olhos da outra pessoa, o sarcástico sorrisinho, a pequena lágrima rolando. Sem falar na conta do telefone.
E no restaurante, vocês já repararam? Sempre tem alguns casais que chegam calados, comem calados e calados saem. Um não dirige a palavra para o outro. Ledo engano. Eles estão, em silêncio, DISCUTINDO A RELAÇÃO. Acho uma covardia DISCUTIR A RELAÇÃO em silêncio. Eles não falam nada. Ela fica quebrando palitos e ele rasgando o guardanapo de papel. Imundando o restaurante.
Já os mais modernos DISCUTEM A RELAÇÃO via Internet. Ele digita um disparate para ela na Vila Madalena, o texto vai para um satélite, dali vai para Columbus (Ohio, USA), volta ao satélite, baixa na central do Rio de Janeiro e, finalmente, entra no computador dela em Pinheiros, a uns 500 metros de distância. Depois é a vez dela fazer o mesmo. Coitado do satélite que tem que decifrar aqueles palavrões todos. Em português, é claro!
Mas o pior não é DISCUTIR A RELAÇÃO. O pior é pagar fortunas a um profissional, sentar-se numa poltrona ou divã e ficar ali, durante 50 minutos, por intermináveis semanas, meses a fio, anos seguidos, repetindo tintim por tintim como foi a nossa última conversa com o ser amado, fazendo um esforço danado para lembrar fala por fala, todos os diálogos. E o terapeuta lá, com aquele olho de peixe morto, caído, quase bocejando, ouvindo, pela oitava vez, naquela mesma tarde, a mesma nauseante história de amor.Sim, porque com ele a gente não DISCUTE A RELAÇÃO. Discutimos, no máximo, o preço. Da nossa dor.
Copiado do livro “100 crônicas de Mário Prata”, Cartaz Editorial – São Paulo, 1997, pág. 163.
DISCUTIR A RELAÇÃO é um ato recente. Antigamente, lá pelos anos 60, não se fazia isso. Quando o namorado ou a namorada chegava para o outro e dizia: "Sabe, eu estive pensando...” Pronto, o ouvinte já sabia que era o fim. Não havia mais o que discutir. Saía cada um para o seu lado dizendo que houve (que saudades) uma "incompatibilidade de gênios". Isso resolvia tudo.
E os nossos pais jamais discutiram a relação. Nem mesmo a relação sexual. Dava-se uma porrada e não se falava mais naquilo. As mulheres (infelizmente) sabiam do seu lugar ao lado do fogão, sem o fogo do amado.
Mas o mundo girou, a lusitana rodou, vieram os psicanalistas e as feministas. Sim, foram eles que instigaram as mulheres a DISCUTIR A RELAÇÃO. Sim, são sempre as mulheres que começam (e acabam) as discussões e as relações. Os terapeutas, porque colocam na cabeça da gente que devemos dizer tudo que pensamos da pessoa amada para ela e não para o melhor amigo. E as feministas, bem, as feministas...
Mas, antes de surgir a expressão DISCUTIR A RELAÇÃO, tivemos outros nomes para a mesma desgastante peleja. "Vamos dar um tempo' não durou muito. Depois surgiu "Nossa relação está desgastada". Por que não "gastada"?
Hoje, modismo ou não, não há casal que não DISCUTA A RELAÇÃO, pelo menos uma vez por semana, igualando ao número de atividades sexuais. DISCUTE-SE A RELAÇÃO nos mais variados lugares. Alguns sombrios, outros perigosos.
O melhor lugar para se discutir a relação é na sala. Está-se próximo do uísque, da televisão que pode ser ligada a qualquer momento e mesmo da porta, para uma saída furtiva e quase sempre covarde. E é ótimo DISCUTIR A RELAÇÃO andando em círculos, com um copo na mão, um ouvido na fera e um olho no futebol. Sim, as mulheres adoram esta atividade aos domingos. Eu tenho um amigo que, quando quer sair sozinho com os amigos, diz: "Vou até lá em casa e dou um jeito de DISCUTIR A RELAÇÃO com a patroa, ela fica irritada e eu tenho um motivo para voltar aqui para o bar'.
DISCUTIR A RELAÇÃO no quarto só tem duas saídas. Tudo terminar numa belíssima e lacrimejante cena de amor (às vezes, até com uns tapinhas carinhosos) ou a ida de um dos meliantes para o outro quarto. No quarto, é impossível se tratar deste assunto impunemente. Principalmente se os dois atletas estiverem deitados. E nus. E se houver alguma faca por perto. Vide Robbit.
No carro, é um perigo. Deveria haver multa para esses casais que colocam em risco não apenas a vida deles, como também dos transeuntes e demais carros. DISCUTIR A RELAÇÃO dentro do carro sempre acaba em trombada na cara. E quem está dirigindo leva sempre a pior. Ou então propor um rodízio. Segunda, não discutem casais com final 1 e 2. Terça, 3 e 4. E assim por diante.
Agora, não há nada mais desagradável do que DISCUTIR A RELAÇÃO por telefone. É um horror. Geralmente é de madrugada. Longos silêncios... "Você está me ouvindo? Você está aí?" A gente não vê os olhos da outra pessoa, o sarcástico sorrisinho, a pequena lágrima rolando. Sem falar na conta do telefone.
E no restaurante, vocês já repararam? Sempre tem alguns casais que chegam calados, comem calados e calados saem. Um não dirige a palavra para o outro. Ledo engano. Eles estão, em silêncio, DISCUTINDO A RELAÇÃO. Acho uma covardia DISCUTIR A RELAÇÃO em silêncio. Eles não falam nada. Ela fica quebrando palitos e ele rasgando o guardanapo de papel. Imundando o restaurante.
Já os mais modernos DISCUTEM A RELAÇÃO via Internet. Ele digita um disparate para ela na Vila Madalena, o texto vai para um satélite, dali vai para Columbus (Ohio, USA), volta ao satélite, baixa na central do Rio de Janeiro e, finalmente, entra no computador dela em Pinheiros, a uns 500 metros de distância. Depois é a vez dela fazer o mesmo. Coitado do satélite que tem que decifrar aqueles palavrões todos. Em português, é claro!
Mas o pior não é DISCUTIR A RELAÇÃO. O pior é pagar fortunas a um profissional, sentar-se numa poltrona ou divã e ficar ali, durante 50 minutos, por intermináveis semanas, meses a fio, anos seguidos, repetindo tintim por tintim como foi a nossa última conversa com o ser amado, fazendo um esforço danado para lembrar fala por fala, todos os diálogos. E o terapeuta lá, com aquele olho de peixe morto, caído, quase bocejando, ouvindo, pela oitava vez, naquela mesma tarde, a mesma nauseante história de amor.Sim, porque com ele a gente não DISCUTE A RELAÇÃO. Discutimos, no máximo, o preço. Da nossa dor.
Copiado do livro “100 crônicas de Mário Prata”, Cartaz Editorial – São Paulo, 1997, pág. 163.
sexta-feira, novembro 03, 2006
George Bush's Funniest Moments
Mais palavras para quê?
quinta-feira, novembro 02, 2006
Podcast 3
E pronto. Aí está o terceiro podcast do Amor e Ócio, após uma pausa de mais de dois meses. Espero que gostem. Continua artesanal, como convém. As músicas continuam a chegar do Brasil. Depois digam alguma coisa. Já sabem: para descarregar basta clicar com o lado direito do rato e fazer "save as" (ou salvar o destino, em bom português). Para ouvir online basta clicar e já está. Se quiserem que iTunes descarregue automaticamente as novas versões do PODCASTO basta que subscrevam o podcast (através do comando "subscribe podcast") "colando" o seguinte endereço:
http://feeds.feedburner.com/blogspot/yfHs
A foto é da bela Ive Mendes. tenho pena de não ter encontrado uma imagem mais insinuante...mas vou continuar a tentar.
http://feeds.feedburner.com/blogspot/yfHs
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A foto é da bela Ive Mendes. tenho pena de não ter encontrado uma imagem mais insinuante...mas vou continuar a tentar.
Paulo Fedorento
Confesso: não achei grande piada ao novo formato do programa dos Gato Fedorento. Mas esta peça sobre Paulo Bento fez-me rir às gargalhadas. Ricardo Araújo Pereira está soberbo. E aquele cabelinho...
Have fun!
Have fun!
Podcasto
Hoje acordei com vontade de vos dar música. Esperem só um bocadinho...
Professora substituta?
Um post da TBX. A história é antiga mas continua a ter graça. E actualidade.
A Filha de um advogado não aparecia em casa havia mais de 5 anos. Na sua volta, seu pai deu a maior bronca:
- Onde você estava durante esse tempo todo, desgraçada?!
Por que não escreveu sequer uma notinha dizendo como estava? Porque não telefonou?
Vagabunda! Não sabe como a sua mãe tem sofrido por sua causa!
A garota, chorando:
- Snif, sSnif... Pai....Virei prostituta...
- QUÊ ??Fora daqui,sem vergonha,ordinária, desqualificada, vergonha da família, não quero te ver nunca mais!!!
- Tá bom, papai. Como o Sr. quiser... Eu somente voltei aqui para dar este casaco de pele e as escrituras da minha mansão do Morumbi para a mamãe;uma caderneta de poupança no valor de 5 milhões para o meu irmãozinho e, para você, paizinho, este Rolex de ouro puro, o BMW 0km que está na porta,um titulo vitalício do melhor clube da cidade e um convite a todos para passarem o Reveillon a bordo do meu iate em Búzios, e...
- Filhinha, voce disse que tinha virado o que, mesmo?
- Prostituta papai, snif, snif !!!
- Aaaaahhh,booommmm! Que susto você me deu menina!... Eu Tinha entendido Professora substituta!!! Vem cá, dá um abraço no papai
A Filha de um advogado não aparecia em casa havia mais de 5 anos. Na sua volta, seu pai deu a maior bronca:
- Onde você estava durante esse tempo todo, desgraçada?!
Por que não escreveu sequer uma notinha dizendo como estava? Porque não telefonou?
Vagabunda! Não sabe como a sua mãe tem sofrido por sua causa!
A garota, chorando:
- Snif, sSnif... Pai....Virei prostituta...
- QUÊ ??Fora daqui,sem vergonha,ordinária, desqualificada, vergonha da família, não quero te ver nunca mais!!!
- Tá bom, papai. Como o Sr. quiser... Eu somente voltei aqui para dar este casaco de pele e as escrituras da minha mansão do Morumbi para a mamãe;uma caderneta de poupança no valor de 5 milhões para o meu irmãozinho e, para você, paizinho, este Rolex de ouro puro, o BMW 0km que está na porta,um titulo vitalício do melhor clube da cidade e um convite a todos para passarem o Reveillon a bordo do meu iate em Búzios, e...
- Filhinha, voce disse que tinha virado o que, mesmo?
- Prostituta papai, snif, snif !!!
- Aaaaahhh,booommmm! Que susto você me deu menina!... Eu Tinha entendido Professora substituta!!! Vem cá, dá um abraço no papai