segunda-feira, novembro 13, 2006

 

O mito


Para além do boto e seus encantos em noites de lua cheia. Em matéria de lenda, sou mais o Armando. Trinta e poucos anos de radiojornalismo e de muita lambança. Um mito. Vive armando (trocadilho irresistível), aumentando histórias e fazendo justiça ‘a fama que tem.Tou pra ver um pescador superá-lo. E, mesmo sabendo que pelo menos 90% do que ele fala precisa de uma segunda opinião para ganhar credibilidade, mantenho o hábito. As primeiras notícias da manhã têm que ser recebidas dele. E não há um dia em que eu não me surpreenda. Seja pelo inusitado da informação, pela coragem de mentir tão encantadoramente, pela singeleza da forma contada, ou mesmo, por resistir à tentação de não exagerar tanto numa notícia ( às vezes ele se supera). O Armando é meu café da manhã de notícias loucas. E hoje, como sempre, não podia faltar a minha dose de sulrealismo noticiário.
“Numa comunudade perto de Parintins, no Estado do Amazonas_ diz ele com aquela voz impostada para ganhar mais respeito_ foi encontrado um homem-peixe, morto. Talvez, crime passional cometido pela mãe d’agua...”
Mais uma vez a superação. É um artista noveleiro este malandro! Dou risada até doer a barriga. Aí me vem o meu colega de trabalho dizendo que a notícia é velha e que a foto já está até na internet.
_Um tritão, sim senhora! Diz ele com ar de sério. Peixe com jeito de homem. _Na Amazônia?! Quem duvida... Dou a ele o benefício da dúvida e vejam só o que eu encontro.

Segundo li no jornal “ O Impacto”, quem vai decidir se esta e outras fotos são verdadeiras ou não, é uma equipe formada por cerca de 130 especialistas. Quanto 'a causa da morte, eu fico com a versão do Armando.

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