sábado, dezembro 31, 2005

 

Na Baixa do Sapateiro


Esta canção resume o que de melhor me aconteceu em 2005. Tenham um bom ano novo.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

 

Um feliz


 

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

 

Se eu mandasse...

...abolia os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e provavelmente Março.

sábado, dezembro 24, 2005

 

Boas Festas!


Este estabelecimento deseja a todos os colaboradores e amigos um feliz Natal.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

 

Da imprensa...

Sobre a forma como a jornalista do Público, Fernanda Ribeiro, analisa o debate de ontem, leia-se o post do Francisco Trigo de Abreu.

" O Público tentou diminuir a minha inteligência, mas não conseguiu. O artigo sobre o debate entre Mário Soares e Manuel Alegre é a peça mais intelectualmente desonesta que eu tive oportunidade de ler na história do Público. Querem provas, aqui estão:

"A experiência não é tudo. Ontem Mário Soares invocou-a e disse que a candidatura de Alegre é um salto no desconhecido, mas o candidato a presidente contrapôs que ser Presidente não é um cargo vitalício".

"Mário Soares tentou ontem, no debate da TVI, diminuir a candidatura independente de Manuel Alegre (...). Mas este argumento não só não vingou, como lhe foi devolvido por Manuel Alegre (...)"

"Mas Manuel Alegre não se deixou abater"

"Soares não gostou do que ouviu e deu a entender que em matéria de renovação política a candidatura de Alegre não é exemplo, usando um exemplo que habitualmente contesta quando é usado contra si (...)"

"Considerando-se detentor de mais experiência que Alegre, Mário Soares chegou a dirigir-se a Alegre em tom professoral (...)"

O Título: "Soares tentou diminuir Alegre, mas não conseguiu"

Fernando Lima e António Florêncio não teriam uma peça melhor se a tivessem encomendado. É por estas e por outras, digo eu, que a Ana Sá Lopes e o Miguel Sousa Tavares já abandonaram o barco do grande timoneiro José Manuel Fernandes e da pequena editora do proletariado, São José Almeida.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

 

É a economia...

Eles são economistas respeitados pelo País. Há dias foi Miguel Cadilhe. Agora é Teodora Cardoso a escrever no Jornal de Negócios.
A palavra a Teodora Cardoso:

“Na entrevista que concedeu à RTP1, Cavaco Silva deixou entrever, com uma inesperada candura, o modo como encara as reformas estruturais. À interpelação quanto ao facto de não ter concretizado a reforma da administração pública, respondeu afirmando que levou a cabo a «parte mais importante» dessa reforma, relativa à adopção do Novo Sistema Retributivo (NSR). A isso acrescentou a habitual mantra, segundo a qual os problemas que o sistema suscitou apenas se deveram ao aumento do número de funcionários públicos que teve lugar sob a gestão Guterres.
A reconhecida escassez e má qualidade das estatísticas em matéria de função pública tem permitido manter essa tese, tão válida quanto o total de 550 mil funcionários que existiriam quando Cavaco deixou o poder. Um estudo da OCDE de 1997, dedicado ao tema das dificuldades de medição dessa variável nos diferentes países, aponta para Portugal em 1993 - segundo fontes oficiais - um número total de funcionários que variava entre os 632 mil e os 765 mil. Esta última versão, que era a mais actualizada na altura, indicava a existência de 772 mil funcionários em 1995. Na prática, há uma única lição a tirar destes números: a da urgência em compilar e divulgar estatísticas fiáveis sobre a matéria.
Quanto aos mitos que subsistem há, porém que reconhecer que, se eles se mantêm, é porque contêm algo de verdade. Os aspectos verdadeiros são fáceis de identificar e consistem no custo exagerado da função pública e na percepção generalizada de que os recursos humanos ao serviço do sector público estão mal atribuídos, tanto em quantidade, como em qualidade. Essa é precisamente a herança que ficámos a dever a Cavaco Silva e à sua não reforma da administração pública. Em 1989, quando o NSR foi aprovado, várias coisas se tinham tornado evidentes relativamente à economia e à administração pública em Portugal:
A primeira era o aumento do rendimento disponível do país graças, por ordem cronológica, (i) à forte competitividade da economia legada pela estabilização levada a cabo pelo governo anterior, sob a égide de Mário Soares e de Ernâni Lopes, (ii) à descida do preço do petróleo em 1986 e (iii) às entradas crescentes de fundos comunitários.
A segunda era a implosão do império soviético e a crescente globalização e tecnicização da economia mundial, exigindo a reconversão urgente do modelo competitivo da economia portuguesa. A resposta que lhe foi dada consistiu no desperdício dos fundos para a formação profissional e, em matéria de educação, na fuga para um modelo apenas preocupado em melhorar as remunerações dos professores e os indicadores quantitativos. Em conjunto, estes constituíram seguramente o mais grave erro estratégico da política portuguesa pós-adesão.A terceira evidência resultava directamente das anteriores e dizia respeito à necessidade de uma profunda reforma da administração pública, indispensável para lhe permitir acompanhar - e mesmo liderar - as reformas da economia. Um novo sistema retributivo era, por várias razões, uma parte indispensável dessa reforma. Os funcionários públicos eram tradicionalmente mal pagos em Portugal e isso era especialmente verdade no respeitante aos quadros técnicos e às chefias. Para contornar o problema, tinham-se criado múltiplos esquemas «especiais» destinados a complementar as remunerações dos grupos com maior poder negocial, em particular aqueles de quem dependia a cobrança das receitas do Estado. Para além disso, a capacidade do sector público para recrutar pessoal qualificado e inovador reduzia-se praticamente ao atractivo de proporcionar a entrada numa carreira política. Ao mesmo tempo era muito elevado o peso dos funcionários com muito baixa preparação escolar, incorporados em quadros donde tinham sido excluídas todas as formas de mobilidade.Finalmente resta sublinhar que todo o sistema português de administração pública se subordinava a um modelo estritamente hierárquico, baseado em procedimentos que excluíam qualquer forma de autonomia de gestão, de inovação e de selecção de chefias por critérios de qualificação e capacidade de gestão. Tudo isto coincidia com a explosão das técnicas de informação, num período em que os nossos parceiros da OCDE, mais atentos ao evoluir das economias e das tecnologias, discutiam e punham em prática soluções inovadoras e flexíveis.Não é difícil perceber que a introdução de um NSR, aproveitando uma folga financeira irrepetível, seria a contrapartida ideal para permitir levar por diante as reformas indispensáveis, mesmo que impopulares. O que Cavaco Silva nos legou reduziu-se, porém, à expansão dos regimes especiais, ao reforço da rigidez e da incapacidade de gestão e inovação e sobretudo a um aumento dos encargos com a função pública que se cifrou em 90,4 % no triénio 1989/91, 50 pontos percentuais acima da subida da taxa de inflação no mesmo período, estrategicamente centrado no ano em que obteve a sua segunda maioria absoluta. É certo que os governos Guterres, embora com um menor contributo quantitativo, não fizeram melhor. Mas pelo menos devemos a António Guterres não vir apresentar-se-nos como o detentor da verdade nas áreas em que errou.
Cavaco Silva tem agora razão quando diz que, sem crescimento económico, não se resolverão os problemas do emprego ou do orçamento. É, contudo, à miopia com que dirigiu uma fase ímpar de crescimento que devemos as dificuldades actuais. Que a solução destas em período de crise exige maiores sacrifícios, durante mais tempo, também não oferece dúvidas. Que Cavaco detenha agora a verdade que tão completamente lhe escapou enquanto primeiro ministro, isso sim oferece as maiores dúvidas.”

segunda-feira, dezembro 12, 2005

 

Chega de tristeza

Venham daí comigo ouvir os Jota Quest. Venham daí comigo dar uma oportunidade à felicidade.

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E Te beijar na boca de um jeito que te faça rir (que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria

Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

 

Natal em Natal


Quem me conhece sabe que eu gosto tanto de calor quanto detesto o Pai Natal, esse pérfido velhinho bebedolas e seguramente pedófilo. Quando o frio aperta, o meu coração e o meu corpo puxam-me para os trópicos, para longe das renas, da música idiota de Natal, das birras de fedelhos ranhosos e mimados e outros horrores do género. Toca a "Silent night" e eu só penso em pisgar-me. Em zarpar. E é isso mesmo que eu vou fazer. Comam muito bolo-rei, que eu também não. Se me apetecer eu dou notícias.

domingo, dezembro 11, 2005

 

Lembrança...

"Ao contrário dos outros móveis, e de mim mesmo, a mesa em que escrevo parece de melhor saúde com o passar do tempo, porque foi fabricada em madeiras nobres pelo meu avô paterno, que foi carpinteiro de barcos. Embora não tenha de escrever, preparo-a todas as manhãs com o rigor ocioso que me fez perder tantos amores."

Gabriel García Márquez, in "Memórias das minhas putas tristes"

sábado, dezembro 10, 2005

 

Afinal... deve ser verdade !!!

"A corrupção existe em Portugal porque, de acordo com relatórios internacionais, nós estamos lá mencionados."

Cavaco Silva, no debate de ontem, TVI

 

Há dias...

em que só apetece regressar a Bocage

É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:

Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um U;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.

 

Bonjour!


Apesar do frio, não se está mal em Paris. E mesmo sem jeitinho nenhum para a fotografia, até que consegui uma bela imagem. Pura sorte (dupla). A RTP Internacional transmitiu o debate entre Cavaco e Alegre e eu confesso que já passei momentos mais emocionantes a ver tinta das paredes a secar. C'est la vie, como dizia o outro.

 

mais um abandono....


Depois da derrota da equipa de Paulo Bento (XVI?) com o Estrela da Amadora, o leão do Sporting, naturalmente frustrado, meteu férias...

sexta-feira, dezembro 09, 2005

 

Intendência

1. Há quase uma semana que não escrevo aqui. Muito trabalho, uma viagem pelo meio e alguma falta de vontade. A vida não está fácil.
2. Recuperando tempo perdido: podia voltar a repetir aqui aquela piadinha sobre o Artemedia ("sou do Artemedia desde pequenino"). Mas não o vou fazer porque não se deve pontapear quem está caído.
3. I LOVE BENFICA.
4. O Paulo Vilarinho vai deixar de colaborar neste blogue a prtir deste momento.
5. O Nuno Amaral vai deixar de colaborar neste blogue a partir deste momento.
6. Ambos pediram para dar o seu contributo a esta casa. Durante algum tempo ainda foi possível lê-los. Depois desistiram. É hora de o Amor e Ócio desistir deles.
7. A Maria Heli está de alma e coração com o blogue. Não tem escrito porque obrigações profissionais e académicas têm-lhe roubado tempo. Mas ela regressa a qualquer momento.
8. O Hélder Castanheira está de alma e coração com o blogue. Não tem escrito porque obrigações profissionais e académicas têm-lhe roubado tempo. Mas ele regressa a qualquer momento.
9. A vida da Wal levou uma volta de 180 graus. Não esqueçam que ela mora nos confins da Amazónia. Um dia ela volta. A porta estará sempre aberta e por isso o seu nome não vai ser retirado do cabeçalho.
10. O mesmo para a Marta, que vive dividida entre Buenos Aires, a Holanda e outro qualquer país onde a ONG para quem trabalha a mandar. Será sempre bem-vinda.
11. Apesar da falta de comparência desta equipa, o blogue continua a ter uma audiência razoável, o que prova que há leitores que regressam dia após dia para ver se há algo de novo. A todos, obrigado.
12. Exercer a autoridade é chato. Mas às vezes não há outro remédio. E agora, vamos a isto.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

 

Brasileirão

O Corinthians sagrou-se hoje campeão do Brasil, mas o seu triunfo está sob suspeita. O caso de corrupção em que está envolvido um árbitro que apitou quatro jogos do "timão" dá esperanças ao Internacional de Porto Alegre de vir a ser declarado vencedor do Brasileirão pela justiça desportiva. Os gaúchos estão dispostos a esgotar todos os recursos (FIFA incluída) e ameaçam recorrer para os tribunais comuns. Os adeptos do Timão festejam, mas esta história ainda está longe do fim. E o meu Palmeiras, arqui-rival do Corinthians, lá conseguiu uma vaga merecida na Libertadores graças a uma vitória muito difícil sobre o histórico Fluminense, louca paixão de gente como Nelson Rodrigues e Jô Soares. Sampa está hoje uma confusão, mas eu pagava para estar lá, a celebrar no Parque Antártica a entrada na Libertadores. Já agora: Wanderley Luxemburgo foi dispensado pelo Real Madrid. Carlos Queiroz e Luís Figo estão vingados.

PS- Aos 39 anos, Romário foi o artilheiro do campeonato. Extraordinário.

 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (8)


Já estão à venda os DVD da quinta e sexta temporadas da melhor sitcom de sempre. Mesmo a tempo do Natal. Eu, que sou daqueles que acreditam que Natal é quando um homem quiser (e o American Express deixar...) já comprei as duas caixinhas. Já revi o Nazi das Sopas, claro. E deliciei-me com um perfil de Jason Alexander, o genial actor que interpetava George Constanza, o poltrão de que nós gostamos de gostar. Divirtam-se. Ao contrário do que dizem por aí, a série não é sobre nada - É SOBRE TUDO. E sobretudo é muito boa.

domingo, dezembro 04, 2005

 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (7)

A ironia de Zeca Baleiro
Meu amor minha flor minha menina
Solidão não cura com aspirina
Tanto que eu queria o teu amor
Vem me trazer calor, fervor, fervura
Me vestir do terno da ternura
Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócio
Isso é ócio

Minha cara, minhamenina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina


sábado, dezembro 03, 2005

 

Da imprensa...

«A gente não sabe quem ele [Cavaco] é. A gente não sabe como ele é. A gente não sabe o que ele pensa. A gente ouve o que ele diz mas a gente nunca sabe o que ele pensa, porque nunca sabe se o que ele diz é o que ele pensa, ou se é apenas o que ele pensa que é suposto dizer naquela circunstância. Nunca lhe sai nada espontâneo, que ele não deixa. Nunca se mostra ao natural, que ele não quer. Que pessoa é ele, afinal?
As pessoas comem, as pessoas bebem, as pessoas espirram e assoam-se, as pessoas enganam-se (e têm dúvidas), as pessoas tropeçam, as pessoas riem com gosto, as pessoas zangam-se, as pessoas contam uma graça, as pessoas nem sempre se aguentam geometricamente penteadas. Cavaco não. Cavaco, em público, não diz nem faz nada que possa assemelhá-lo aos seus semelhantes – que, por acaso, são pessoas. E se se distrai e faz (comer, por exemplo), fica em pânico – e os assessores por ele. Nunca vi ninguém mais formal quando tenta a informalidade. Se quer fazer de informal, e como é a fazer de conta porque nada daquilo é genuíno, sai ainda mais formal do que quando é formal… Soa tudo a falso. De Mário Soares, por exemplo, nós sabemos bem quem é e o que tem na cabeça – concordemos ou discordemos. Ele, sim, diz o que pensa, mesmo que nem sempre pense genial. E tem uma pessoa dentro, claro: sem que tenha vindo mal ao mundo, já o vimos comer (é, ele come), já o vimos rir, já o vimos ralhar, já o vimos com chapéus bizarros, já o vimos cometer gaffes, enfim, já o vimos homem. Conhecemo-lo, gostemos mais ou menos.»

Joaquim Fidalgo, Público, 30 de Novembro

sexta-feira, dezembro 02, 2005

 

Forever young? Naaaah!


quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência
P- Leminski

 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (6)


A música de Bob Dylan, aqui numa interpretação de Cassandra Wilson. Lay Lady Lay faz parte das mais ternas memórias da minha adolescência, o que só vem comprovar, provavelmente, como estou a ficar velho.

Lay lady lay
lay across my big brass bed
Stay lady stay
stay with your man a while
Until the break of day
let me see you make him smile

quinta-feira, dezembro 01, 2005

 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (5)

A poesia de Paulo Leminski, o "cachorro louco" de Curitiba.
Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

Paulo Leminski

 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (4)

A música e a poesia de Lenine. A vida é tão rara. Aproveitem. A vida não pára.


 

Coisas que nos ajudam a suportar os dias cinzentos (3)

Tits for tots. A Carmen electra explica as coisas importantes da vida. É só clicar na imagem e ter um pouquinho de paciência enquanto o vídeo carrega. O humor salva.

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