segunda-feira, julho 23, 2007

 

Toninho Malvadeza

Conheci António Carlos Magalhães numa festa em Salvador da Bahia, há dois anos. Tinha muita expectativa em conhecer o grande ACM, o Toninho Malvadeza, e afinal saíu-me um velhinho trémulo, de cabelo grisalho engomado e mãos suadas. Apesar da imagem de fragilidade era tratado pelas "socialites" soretopolitanas com uma atenção e deferência que impressionava. Quis saber coisas de Portugal, falou-me de Mário Soares e, pasmem, do Benfica. A julgar por aqueles 15 minutos tratava-se de uma pessoa afável e calorosa, bem longe da imagem de intolerância, prepotência e manha a que estava associado.
ACM representou o melhor e o pior do Brasil. O cacique nepotista que cilindrava os direitos de muitos mas que era amado por muitos mais, capaz de tudo para obter o que queria. Morreu na sexta e deixou a sua grande paixão, a Bahia, melhor do que a encontrou, há meio século. Pode ser pouco, mas quantos políticos brasileiros de outros estados podem dizer o mesmo?

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