segunda-feira, outubro 16, 2006
OE
No OE, o Governo decreta uma baixa de seis por cento nos medicamentos comparticipados, o que parece ser uma boa notícia para os utentes. Mas... há sempre um "mas". Simultaneamente, o executivo baixa a comparticipação na compra dos medicamentos. Ou seja: dá com uma mão e tira com a outra. A última vez que o Governo fez esta gracinha os utentes ficaram a perder. Cheira-me a que a história se vai repetir. E este caso é um bom exemplo dos pequenos alçapões que o executivo espalhou pelo documento.
Este OE, supostamente restritivo,é mais doloroso sintoma da crise estrutural das finanças públicas portuguesas. É o OE decisivo, a meio do mandato, a última oportunidade, o OE que distingue the men from the boys. O Governo pede mais um esforço aos portugueses, promete cortes na despesa pública, diz que o desemprego vai baixar, que a inflacção vai diminuir. Mas também promete cortes nos investimentos, o que é preocupante. E sabemos na carne que não há margem para aumentar ainda mais a carga fiscal. Esperemos que a iniciativa privada continue a puxar pelo Estado, como tem acontecido no últimos meses. E que o Estado ajude - sobretudo não atrapalhando. Já não seria mau.
Este OE, supostamente restritivo,é mais doloroso sintoma da crise estrutural das finanças públicas portuguesas. É o OE decisivo, a meio do mandato, a última oportunidade, o OE que distingue the men from the boys. O Governo pede mais um esforço aos portugueses, promete cortes na despesa pública, diz que o desemprego vai baixar, que a inflacção vai diminuir. Mas também promete cortes nos investimentos, o que é preocupante. E sabemos na carne que não há margem para aumentar ainda mais a carga fiscal. Esperemos que a iniciativa privada continue a puxar pelo Estado, como tem acontecido no últimos meses. E que o Estado ajude - sobretudo não atrapalhando. Já não seria mau.