segunda-feira, maio 22, 2006
Coisas nossas...
Em Bruxelas, «coisas impossíveis» tornam-se «possíveis» através da negociação, afirmou esta tarde Arlindo Cunha, vice-presidente do PSD, em resposta ao «chumbo» que o partido recebeu hoje da Comissão Europeia. A instituição europeia, presidida por Durão Barroso, rejeitou hoje o financiamento pelos fundos comunitários de indemnizações a funcionários públicos portugueses envolvidos em rescisões amigáveis, uma proposta avançada no recente congresso. Já não está em causa o mérito das propostas ou a inevitabilidade das medidas. O que enjoa é o pretexto autofágico para se encontrar uma resposta sempre com base no leilão fácil das opiniões. Não se pode ignorar que os funcionários públicos também são trabalhadores e a forma arrastada, insidiosa e por vezes cúmplice como são tratados tem efeitos imediatos no seu desempenho. Que se tomem de vez as decisões que forem necessárias, mas termine-se com esta fogueira diária e ciclicamente auto-alimentada que corrói qualquer capacidade de mudança.