domingo, abril 09, 2006

 

Margarida e o outro

Não sou propriamente um fã da Margarida Rebelo Pinto (MRP). Li o Não Há Coincidências numa tarde de praia no Algarve e fiquei esclarecido. É uma literatura sem calorias e eu tenho tendência para gostar mais de coisas que me moam o fígado. Mas não vejo que venha grande mal ao mundo pelo facto de as massas (50 mil pessoas é muita gente?) lerem os livros da senhora. Antes pelo contrário. Há por aí gente bem pior que se leva a sério. Dito isto, confesso não compreender o que leva alguém a escrever e publicar um livro que tenta "desmontar" a escrita da Margarida. A escritora repete conceitos, personagens, frases inteiras de romance para romance? So what?
João Pedro Jorge (JPG) lá tirou a sua casquinha da fama de MRP. Já se percebeu (e ele era incapaz de nos deixar na escuridão, como se nota nos jornais e na blogoesfera) que é muito criterioso nas leituras e que acha que em Portugal se escreve mal. Mas, com tanta gente a publicar, JPG tinha logo que se meter com MRP? Não havia mais ninguém à sua altura no recreio? Deu-lhe gozo o tempo que perdeu a elencar as idiossincrasias de uma escritora que considera medíocre?
Gabriel Alves classificaria o que JPG fez como "uma entrada ao homem". Uma entrada a varrer, a matar, perfeitamente desnecessária. Isso, JPG, não se faz a uma senhora.

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