quarta-feira, março 15, 2006

 

A morte do Tom

Tenho antipatia por gatos e o lá de casa não era diferente dos outros felinos com os quais já convivi. Definitivamente não gostava dele. Mas também não desejava sua morte.
Tinha certas particularidades aquele bichano: Gostava da minha cama, apesar de não gostar de mim ( antipatia recíproca) e adorava meus sapatos ( eu também os adorava antes do bicho fazer deles um triste arremedo de sapato de Cinderela depois da meia-noite).
Acontece que eu já estava acostumada a ele. Era como aquele parente com quem não se tem afinidade nenhuma, mas que, por ser parente, acaba se criando um laço afetivo qualquer.
Uma vizinha, entediada da vida, ou, sem alternativa para descarregar as raivas do dia, deu cabo do Tom (esse era o nome dele), provavelmente, na hora em que o malandro dava uma de suas voltas clandestinas no terreno alheio. Uma pancada certeira na cabeça tirou, de uma só vez, as suas 7 vidas. Minha mãe chorou muito quando soube. E eu senti, sinceramente, pela morte do gato.

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