terça-feira, março 21, 2006

 

João Gabriel

Eu até gosto do João Gabriel, velho companheiro de outras lutas, que passou os últimos dez anos como assessor de Jorge Sampaio (e, pelo meio, lançou uma revista de desporto que teve vida curta). Mas a entrevista que deu ao Correio da Manhã é reveladora de como se passam as coisas em Portugal em determinados sectores. E de que há pessoas que julgam que vivem em regime de casta. Aqui fica um pedaço da entrevista ao CM. Cada um tire as suas conclusões.


– O João Gabriel sempre vai para a embaixada de Portugal em Roma, como se noticiou?

– Sim, julgo que dentro de três meses. Tudo depende do tempo que demorar o processo de nomeação.

– Mas o porta-voz do MNE desmentiu a notícia?

– O porta-voz do MNE limitou-se a desmentir uma evidência. As notícias davam conta da minha nomeação como Conselheiro Cultural, quando, na verdade, a minha função será a de Conselheiro de Imprensa.

– Ao nosso jornal, Carneiro Jacinto desmentiu “qualquer nomeação”...

– Desconhecia. Tratou-se seguramente de um lapso. Durante dez anos, e vários governos, habituei-me a trabalhar, no MNE, com pessoas de palavra. Não tenho razões para deixar de pensar assim.

– Surgiram notícias de uma nomeação a pedido. Não teme que passe a ideia de um favor político?

– Favor?! Mas por que razão quem trabalha nestes lugares, Governo ou Presidência, uma vez acabada essa função, tem de ir trabalhar para a caixa de um hipermercado ou para a construção civil?! Se assim não for, ouve-se logo um ai Jesus que há um tacho! Infelizmente, algum jornalismo em Portugal ajudou a cimentar esta cultura. É um princípio tão errado quanto injusto. Uma coisa é não ter currículo ou competência para a função...

|



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?