quinta-feira, fevereiro 09, 2006

 

GRAU ZERO...


Um requerimento do PSD a pedir que a presidência da Assembleia Regional da Madeira procedesse à avaliação das faculdades mentais de um deputado do PS "incendiou" a sessão plenária de ontem, com o Parlamento madeirense a viver um dos momentos mais conturbados em 30 anos de Autonomia. Os quatro grupos parlamentares da oposição deixaram o plenário, em sinal de protesto e o PSD aproveitou para votar sozinho, em apenas 15 minutos, os 19 diplomas que estavam em agenda.
A polémica estalou logo no início da sessão, quando o grupo parlamentar social-democrata colocou em votação um requerimento onde pedia à Mesa do Parlamento que procedesse à avaliação das faculdades mentais do deputado socialista João Carlos Gouveia. De acordo com este documento, as afirmações que o deputado socialista fizera na véspera - onde denunciou o "fechar de olhos" aos casos de corrupção e uma ligação íntima entre alguns magistrados do Ministério Público e o poder político regional - «indiciam demência, tal o absurdo e o insulto que revestem». Assim, o PSD requereu à Mesa «que seja procedida à avaliação das faculdades mentais do senhor deputado João Carlos Gouveia, até, sobretudo, no interesse do próprio».
Apesar dos protestos de todos os partidos da oposição pelo facto de a Mesa da Assembleia, presidida por Miguel Mendonça, ter aceite este requerimento, a verdade é que o mesmo foi aprovado apenas pelo PSD, tendo os deputados do PS, CDS/PP, PCP e BE abandonado o plenário antes da votação. Aliás, em sinal de protesto, não participaram no resto da sessão...

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