quarta-feira, novembro 02, 2005

 

O homem

Ontem, por questões de trabalho, conversei longamente com um dos homens mais ricos do mundo. Do mundo ocidental, pelo menos. Eu não sabia ao princípio quem ele era e por isso tratei-o sem nenhuma deferência especial. Foi assim o dia todo. Só no final da jornada, já depois de muitas caipirinhas, alguém me informou da real identidade do homem. Mas aí já era tarde, como dizem os brasileiros. Eu já tinha contado piadas sem graça, escutado as suas aventuras com uma garota de 23 anos por quem se apaixonou(o homem tem 58 anos), gozado com a cor da camisa dele (lilás) e com todo o povo suiço, esses chatos. Sim, porque o homem é suiço, mas não me consta que conheça o Isaltino. Ainda tentei pedir desculpas, mas o homem cortou-me as vazas. "No, no my friend", disse ele, "você não fez nada errado, limitou-se a tratar-me como uma pessoa normal". E vai daí, convidou-me para passar férias com a família toda em Bali, Zanzibar, Paris, Nova Iorque, Genebra, St. Moritz ou em qualquer outro dos lugares onde ele tem casas. E que casas. Moral da história: ser ligeiramente estúpido, por vezes compensa. Mas convém não abusar da sorte.
PS- Eu sei que têm estranhado o meu silêncio, mas demasiado trabalho tem impedido que escreva com regularidade aqui. A Maria Heli, já agora, está a enfrentar um novo desafio profissional e por isso tem andado com menos tempo - mas vai voltar logo que possa. Resta o Hélder para ir animando a casa, já que o resto do pessoal continua na sorna...

|



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?