quarta-feira, outubro 12, 2005
Trocamos palavras. E agora?
E se naquela tarde eu não tivesse ouvido a TSF?
À tarde, regra geral, eu não ouço a TSF.
Lembras-te?
E se tu não tivesses comentado o post com palavras que acordaram comigo…
Acordaram comigo, no dia seguinte, as tuas palavras. À revelia de qualquer vontade.
Repeti-as, estranhamente, como se fossem minhas. Como se tivessem rosto.
As tuas palavras. Falaram-me, postas assim, sem mais nada, depuradas. Pousadas numa devoção que só alguns têm. Plantadas numa força que só alguns experimentaram.
Ainda não tinhas, sequer, silhueta contra a luz que torna as coisas reais.
Não tinhas olhar. E eu pude imaginá-lo em todos os lugares.
Não tinhas sorriso. E eu pude inventá-lo como quem conta uma história.
Podias nem sequer existir. Diziam-me alguns. E eu recusava. Porque as tuas palavras, postas assim, sem mais nada, respiravam.
Não tinhas idade. E eu pude dar-te alma de pássaro.
Não tinhas nome. E eu pude dar-te o meu.
Depois, vieram mais palavras como barcos. Como búzios com mar.
Falavam-me cada vez mais as tuas palavras.
Palavras que continham desejos. Palavras que contaram viagens.
Palavras espelho. Palavras contigo dentro.
Trocamos palavras. Trocamos muitas palavras.
E agora?
PS. Amanhã estarei no aeroporto à espera tua espera. Boa viagem...Marquesa :)
À tarde, regra geral, eu não ouço a TSF.
Lembras-te?
E se tu não tivesses comentado o post com palavras que acordaram comigo…
Acordaram comigo, no dia seguinte, as tuas palavras. À revelia de qualquer vontade.
Repeti-as, estranhamente, como se fossem minhas. Como se tivessem rosto.
As tuas palavras. Falaram-me, postas assim, sem mais nada, depuradas. Pousadas numa devoção que só alguns têm. Plantadas numa força que só alguns experimentaram.
Ainda não tinhas, sequer, silhueta contra a luz que torna as coisas reais.
Não tinhas olhar. E eu pude imaginá-lo em todos os lugares.
Não tinhas sorriso. E eu pude inventá-lo como quem conta uma história.
Podias nem sequer existir. Diziam-me alguns. E eu recusava. Porque as tuas palavras, postas assim, sem mais nada, respiravam.
Não tinhas idade. E eu pude dar-te alma de pássaro.
Não tinhas nome. E eu pude dar-te o meu.
Depois, vieram mais palavras como barcos. Como búzios com mar.
Falavam-me cada vez mais as tuas palavras.
Palavras que continham desejos. Palavras que contaram viagens.
Palavras espelho. Palavras contigo dentro.
Trocamos palavras. Trocamos muitas palavras.
E agora?
PS. Amanhã estarei no aeroporto à espera tua espera. Boa viagem...Marquesa :)