sexta-feira, outubro 21, 2005
Sartre, pela segunda vez...
Um post para dizer que apesar de admirar o Prof. Funes – aprecio o seu dizer fracturante e as suas inesperadas concessões - não estou, muitas vezes, de acordo com ele.
Temos opiniões divergentes quanto a Miguel Torga, Antoine de Sant Exupery e, ontem, dei conta, aqui ,num comentário que fez, quanto a Jean-Paul Satre. Aliás, Aristótles, que gosto cada vez mais de ler, promete um poste sobre o assunto. Estarei atenta.
Haveremos de ter muitas mais, é certo. Opiniões diferentes. Eu e o caríssimo Funes.
Mas, também é certo, que gosto do seu génio e, até, do seu mau génio. às vezes!
Porque é genuíno.
Se não estou em erro, o meu segundo post, nesta casa, foi dedicado a Jean-Paul Satre e a um livro, de sua autoria, a b s o l u t a m e n t e divino, na minha opinião: Os Dados Estão Lançados. Foi sobre este livro que falei, se a memória não me falha.
Mas eu não gosto só – apesar de conhecer melhor - do escritor. Gosto do existencialismo reflectido em toda a sua obra.
Na série Os Caminhos da Liberdade, de que a Idade da Razão é o primeiro volume, Sartre, através das situações em que as suas personagens se debatem, da escolha que cada uma delas faz, traça um quadro vivo, autêntico, da estagnada sociedade francesa nas vésperas da guerra. A solidão, a liberdade e a responsabilidade humanas analisadas com rigor e lucidez.
Deixo-vos com esta citação, de um livro que também gostei de ler.
Era amor. Agora era amor. Mathieu pensou: «Que é que eu fiz?» Cinco minutos antes aquele amor não existia; havia entre ambos um sentimento raro e precioso, sem nome, que não se exprimia por gestos. (…)
Contemplava com espanto aquele amor completamente novo, e já velho (…)
Se ao menos ela pudesse esquecer. Deitou-lhe um olhar furtivo e achou que ela tinha uma expressão dura. «Na melhor das hipóteses», pensou, «alguma coisa deve ter acabado entre nós». Mas não tinha vontade de deixar de a amar.
in A Idade da Razão, Jean-Paul Sartre, Colecção Autores Universais
Temos opiniões divergentes quanto a Miguel Torga, Antoine de Sant Exupery e, ontem, dei conta, aqui ,num comentário que fez, quanto a Jean-Paul Satre. Aliás, Aristótles, que gosto cada vez mais de ler, promete um poste sobre o assunto. Estarei atenta.
Haveremos de ter muitas mais, é certo. Opiniões diferentes. Eu e o caríssimo Funes.
Mas, também é certo, que gosto do seu génio e, até, do seu mau génio. às vezes!
Porque é genuíno.
Se não estou em erro, o meu segundo post, nesta casa, foi dedicado a Jean-Paul Satre e a um livro, de sua autoria, a b s o l u t a m e n t e divino, na minha opinião: Os Dados Estão Lançados. Foi sobre este livro que falei, se a memória não me falha.
Mas eu não gosto só – apesar de conhecer melhor - do escritor. Gosto do existencialismo reflectido em toda a sua obra.
Na série Os Caminhos da Liberdade, de que a Idade da Razão é o primeiro volume, Sartre, através das situações em que as suas personagens se debatem, da escolha que cada uma delas faz, traça um quadro vivo, autêntico, da estagnada sociedade francesa nas vésperas da guerra. A solidão, a liberdade e a responsabilidade humanas analisadas com rigor e lucidez.
Deixo-vos com esta citação, de um livro que também gostei de ler.
Era amor. Agora era amor. Mathieu pensou: «Que é que eu fiz?» Cinco minutos antes aquele amor não existia; havia entre ambos um sentimento raro e precioso, sem nome, que não se exprimia por gestos. (…)
Contemplava com espanto aquele amor completamente novo, e já velho (…)
Se ao menos ela pudesse esquecer. Deitou-lhe um olhar furtivo e achou que ela tinha uma expressão dura. «Na melhor das hipóteses», pensou, «alguma coisa deve ter acabado entre nós». Mas não tinha vontade de deixar de a amar.
in A Idade da Razão, Jean-Paul Sartre, Colecção Autores Universais