quarta-feira, setembro 07, 2005

 

Vou-me embora para Pasárgada


Há dias em que só a poesia nos salva. Só a poesia é capaz de nos resgatar do meio do nevoeiro, de nos abrigar da chuva que tudo encharca. Hoje (ontem) foi um daqueles dias. Estou farto. E por isso eu vou-me embora para Pasárgada. Lá sou amigo do rei.Lá tenho a mulher que quero na cama que escolherei. Não sintam a minha falta. Eu sou um evadido por vocação. E ando tão à flor da pele que só me apetece uivar à lua que não vejo.

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