terça-feira, agosto 09, 2005

 

A interpretação dos sonhos

“100 livros do século” foi uma exposição realizada, no Centro Cultural de Belém, no âmbito da Expo 98. Foi o que visitei de toda a vasta panóplia de produtos culturais, de então.
Esta exposição deu origem a um livro com o mesmo nome.
O original do livro que se segue, estava nessa exposição:
Die traumdeutung – A interpretação dos sonhos.
Comprei-o há dois, três anos. Não estou certa. Devorei-o. A lapis. Discordando e concordando.

No conjunto muito vasto das obras de Sigmund Freud, a Interpretação dos Sonhos é geralmente considerado o livro em que pela primeira vez elabora algumas das teorias que mais tarde viriam a estruturar a psicanálise. Partindo da observação de numerosos casos clínicos dos seus pacientes, Freud encara os sonhos como reflexos do inconsciente, cuja interpretação, obedecendo a certas correspondências simbólicas mais evidentes ou obscuras, facultaria uma leitura quase hieroglífica e permitiria aceder ao conhecimento de desejos ou medos inconfessáveis, iluminando pulsões que ao nível consciente seriam censuradas, reprimidas ou recalcadas. Foi a partir desta obra fundamental que depois evoluiria a sua opinião dos processos psíquicos, baseada na importância de perceber, por um lado, a formação da personalidade desde a primeira infância e, por outro lado, os canais por onde se manifestariam os impulsos inconscientes. Pense-se o que se pensar das teorias psicanalíticas, a verdade é que marcaram profundamente o século XX, fazendo penetrar na linguagem corrente alguns conceitos muito divulgados – por exemplo, a frustração, o complexo de Édipo, a sublimação, o recalcamento etc – e influenciando o modo como abordamos a complexidade das relações humanas.

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