quinta-feira, junho 30, 2005

 

Homem, casa e gato

Chama-se Nemo. Capitão Nemo. Tão novo e já capitão, estão vocês a pensar. É óbvio que este capitão é um carreirista. E um chato, que mia por tudo e por nada. O Ron já esteve perto de o comer por duas vezes, mas o capitão safou-se in extremis. Um dia destes fazem-no contra-almirante. Quem lê este blog com regularidade sabe que não morro de amores por gatos. Mas lá aturo o "capitão" por amor às filhas. E até ando a pensar em juntá-lo com esta amiguinha aqui (link). Seria, estou certo, uma interessante união de facto.
Posted by Hello
Na sua ronda de concertos por Portugal, Adriana Calcanhotto apresentou uma série de canções sobre gatos. A mais interessante intitula-se "O ron-ron do gatinho" e tem letra de Ferreira Gullar. O poema é lindo. Quase tão lindo quanto o Nemo. Mau. Estou a começar a afeiçoar-me ao "capitão". Logo eu, um "doglover" empedernido. Maldito bichano!
O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.
É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso ele faz ron-ron
para mostrar gratidão.
No passado se dizia
que esse ron-ron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ron-ron em seu peito
não é doença - é carinho.

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