sábado, abril 02, 2005

 

Diário de viagens


O que mais gosto nessas viagens que costumamos fazer pela Amazônia é do contato com a gente da terra. Claro que tem o prazer da aventura, da natureza que nos brinda com cenários fantásticos, mas é impressionante o que podemos ganhar com esta troca de vivências, algumas tristes, outras, motivadoras, sempre um aprendizado.

Uma das primeiras lições, sofridamente aprendida, é que as distâncias são bem maiores na floresta do que julgava minha vã filosofia. Quando um morador da terra diz que o lugar onde você pretende chegar é “bem ali”, desconfie. O bem ali deve ser de, no mínimo, uns dois ou três quilômetros. Agora, se ele diz que “é meio longe”, desista! A não ser que tenha um preparo físico invejável.

Pois um de nossos maiores desafios nesta viagem foi chegar a uma pequena vila localizada no meio da selva. Nada de barcos ou carros confortáveis. Mas não posso me queixar de não ter tido escolha. Podíamos seguir a pé ou de Toyota, um boi muito simpático que a comunidade, sempre hospitaleira, colocou à nossa inteira disposição. Deixamos o Toyota levar o equipamento e preferimos seguir a pé . Depois de uma hora caminhando eu não sentia nada. Duas horas caminhando e nada. E até hoje não sinto as costas e as pernas direito. Mas estou orgulhosa de mim mesma. Bati meu próprio Record. Foram 15 quilômetros vencidos em menos de 3 horas! Senti-me uma maratonista vitoriosa. Pouco desse vigor sobrou pra volta. O retorno foi um pouco mais difícil, e, dessa vez, o Toyota não foi dispensado...Olha ele aí..Lindão!


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