segunda-feira, março 14, 2005
Por que o futebol merece uma festa
No país do futebol, meninos e meninas sonham em ser ídolos. Jogadores reconhecidos nacional e, quem sabe, até internacionalmente. Talento não falta à grande maioria. É nato e quanto mais praticado, mais aperfeiçoado.
A paixão não. É adquirida, altamente pegajosa e, por isso, um mal nacional.
No país do futebol, a bola é musa. É o centro. E já foi considerada uma grande inimiga dos estudos. “Pra quê estudar, mãe?! Eu vou ser jogador de futebol!”, dizia o garoto antes de ganhar a rua e alcançar o campinho improvisado pra jogar uma “pelada”, como dizem por aqui.
Mas este é um conceito que vem mudando em escolas de bairros pobres de minha cidade. Aqui no Brasil, ainda mais na Amazônia, quando se diz “pobre”, se quer dizer miserável. A linha é bem mais abaixo.
Numa dessas escolas que faz da bola uma aliada, o futebol salva e vem ajudando alunos com baixos conceitos a melhorarem as notas em sala de aula.
Todo o trabalho é feito por voluntários. Tem pedreiro que perde uma diária nos sábados pra ajudar a molecada a melhorar a performance em campo. Tem cinegrafista que investe umas horinhas batendo bola com a garotada. Tem professor que faz hora extra sem ganhar um real a mais. Tem até ex-jogador famoso que aparece vez ou outra pra dar uns conselhos. O retorno vem em forma de resultados animadores. João, 13 anos, irmão mais velho de Pedro, era mais um aluno problema. Hoje, Pedro quer ser igual a João. O menino, que já se envolveu com drogas e passou duas vezes pela casa de detenção de menores infratores, é uma das revelações. Deu um salto na produção escolar e, de quebra, dá show de bola. Sonha com o estrelato, mas por enquanto nem pensa em desistir dos estudos. Pergunto se ele tem algum ídolo. Ele responde “meu professor de futebol”.
Os professores são craques de solidariedade que vem driblando a pobreza e as adversidades para construir sonhos. Mesmo sem recursos, marcam gols de placa contra a delinqüência infanto-juvenil, ajudam a melhorar o rendimento escolar e a diminuir o índice de evasão. Mais do que uma fábrica de craques, a escolinha solidária vem se transformando numa fábrica de esperanças pra quem não tinha futuro.
A paixão não. É adquirida, altamente pegajosa e, por isso, um mal nacional.
No país do futebol, a bola é musa. É o centro. E já foi considerada uma grande inimiga dos estudos. “Pra quê estudar, mãe?! Eu vou ser jogador de futebol!”, dizia o garoto antes de ganhar a rua e alcançar o campinho improvisado pra jogar uma “pelada”, como dizem por aqui.
Mas este é um conceito que vem mudando em escolas de bairros pobres de minha cidade. Aqui no Brasil, ainda mais na Amazônia, quando se diz “pobre”, se quer dizer miserável. A linha é bem mais abaixo.
Numa dessas escolas que faz da bola uma aliada, o futebol salva e vem ajudando alunos com baixos conceitos a melhorarem as notas em sala de aula.
Todo o trabalho é feito por voluntários. Tem pedreiro que perde uma diária nos sábados pra ajudar a molecada a melhorar a performance em campo. Tem cinegrafista que investe umas horinhas batendo bola com a garotada. Tem professor que faz hora extra sem ganhar um real a mais. Tem até ex-jogador famoso que aparece vez ou outra pra dar uns conselhos. O retorno vem em forma de resultados animadores. João, 13 anos, irmão mais velho de Pedro, era mais um aluno problema. Hoje, Pedro quer ser igual a João. O menino, que já se envolveu com drogas e passou duas vezes pela casa de detenção de menores infratores, é uma das revelações. Deu um salto na produção escolar e, de quebra, dá show de bola. Sonha com o estrelato, mas por enquanto nem pensa em desistir dos estudos. Pergunto se ele tem algum ídolo. Ele responde “meu professor de futebol”.
Os professores são craques de solidariedade que vem driblando a pobreza e as adversidades para construir sonhos. Mesmo sem recursos, marcam gols de placa contra a delinqüência infanto-juvenil, ajudam a melhorar o rendimento escolar e a diminuir o índice de evasão. Mais do que uma fábrica de craques, a escolinha solidária vem se transformando numa fábrica de esperanças pra quem não tinha futuro.