segunda-feira, março 21, 2005
Para celebrar a chuva... faz-nos falta!
Chovem protestos palavras
dramaturgos e proferas
a chuva dos manifestos
fecunda a horta das letras.
Chovem bátegas de sílabas
Chovem doutrinas e tretas
chovem ismos algarismos
que numeram os poetas.
Chovem ciências ocultas
Chovem ciências concretas
e nascem alfaces cultas
para poemas-dietas.
Chovem tiros de espingarda
chovem pragas e lamentos
e cresce a couve lombarda
nos quintais do sentimento
(...)
Para o poeta que chova
por dentro, em razão inversa,
forçoso é ter guarda-chuva
contra a palavra perversa
que foi um chão que deu uva
e hoje só dá conversa.
José Carlos Ary dos Santos
dramaturgos e proferas
a chuva dos manifestos
fecunda a horta das letras.
Chovem bátegas de sílabas
Chovem doutrinas e tretas
chovem ismos algarismos
que numeram os poetas.
Chovem ciências ocultas
Chovem ciências concretas
e nascem alfaces cultas
para poemas-dietas.
Chovem tiros de espingarda
chovem pragas e lamentos
e cresce a couve lombarda
nos quintais do sentimento
(...)
Para o poeta que chova
por dentro, em razão inversa,
forçoso é ter guarda-chuva
contra a palavra perversa
que foi um chão que deu uva
e hoje só dá conversa.
José Carlos Ary dos Santos