terça-feira, março 15, 2005

 

Olhares

Para quem afirmava insistentemente que Sócrates e Santana eram faces da mesma moeda, três semanas após as eleições, os acontecimentos subsequentes marcaram vincada e justamente a diferença.
Sem embargo do tempo se tornar escasso para uma avaliação séria, a verdade é que Portugal inaugurou um novo estilo.
Para já reconhece-se uma afirmação visível de liderança, patente, por exemplo, no processo de constituição do Governo. E não menos inteligente foi a alteração introduzida no figurino da cerimónia posse. Durante os 55 minutos que durou a cerimónia, o País respirou melhor e parecia tranquilo. Quanto ao discurso, parece que Sócrates está a impor o seu estilo e voz de comando. Uma breve análise conteúdo evidencia termos que se repetem: «caminho», «rumo», «para onde ir». Longe de estarmos perante expressões escolhidas ao acaso, como alguém escrevia hoje, revela «um misto de clássico “homem do leme”, com a muito em voga “atitude à José Mourinho”. Resta esperar pelos resultados. Se José Sócrates vingar, espera-o não Stamford Bridge mas mais quatro anos em São Bento. Se falhar, ficará muito provavelmente para a história como um governante teimoso e com mau feitio”.
Até ao momento, o Primeiro Ministro geriu – sem comprometer -, o seu desígnio político. O que, necessariamente, nos tempos que correm, constitui uma revelação impressiva.

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