quinta-feira, março 24, 2005

 

No divã do psiquiatra

A minha filha mais nova, a Mariana, já quis ser veterinária, professora de educação fisíca e apresentadora de televisão, entre outras coisas. Agora, aos nove anos, anda com a mania de que há-de ser psiquiatra. Abriu até um consultório ao canto da saleta onde recebe clientes imaginários. Ela senta-se num sofá e anota num caderninho os casos clínicos. Esta manhã encontrei caída no chão uma folha solta com o registo de quatro "doentes" de ontem. Aí vai:

Caso 1:
Adora comer flores ao pequeno almoço. Ao meio-dia adora cheirar os pés porque acha que o seu cheiro é sensacional e comovente. À noite, antes de ver televisão, faz uns exercícios de yoga. O seu defeito é chamar-se Dulcolax.

Caso 2:
Hipnotiza as pessoas para as seduzir por telepatia. Para isso usa um cristal de pedra que fixa o olhar das pessoas. Tem a teimosia de comprar roupa por cheque. E sente pena das pessoas porque acha que o cheque é apenas uma folha de com uns númreos escritos. O seu maior defeito é ser criativo.

Caso 3:
"Sente-se atraído por feirantes e compra roupa de mulher só para manter conversa com elas. Pensa que é gay por ter o quarto decorado com cortinas de flores verdes que comprou na feira. Todo o bairro o goza.

Caso 4:
O seu crime foi amar alguém sendo mulher. Agora sabe que o seu destino é amar homens. Sente-se atraído por panquecas de alecrim. Depois de tomar banho come uma banana com mousse.

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