sábado, março 26, 2005

 

Duas penadas

De fugida, que a cruz está à espreita, ocorre-me aconselhar uma olhadela à manchete,e ao hilariante artigo, do Diário de Notícias deste sábado. O que dirá sobre a "cacha" puxada pelas orelhas o novo patrão (barão) do antigo império Lusomundo?
Triste país esta coisa adiada. Ou, como escrevia há uns tempos o compagnon RB, pátria que nos pariu! Basta ler o título da novela..
Quase em surdina, surge-me a voz da Manuel Azevedo. Sem indirectas a qualquer tipo de clã.
Agora faço-me à estrada, que as curvas estão já ali.



Vieste comigo
nesse jeito pós-moderno
de não querer saber nada
de não fazer perguntas
essa pose cansada
tão despida de emoção
de quem já viu tudo
e tudo é uma imensa
repetição
não fosse a minha competência para amar
e nunca teriamos acontecido
num mundo de competências
e técnicas de ponta
a dádiva da fala
quase já não conta

depois quase ias embora
desse modo
evanescente
não soubesse eu ver-te
tão transparente
e teria sido apenas
o encontro acidental
uma simples vertigem
dum desporto radical

não fosse a minha competência para amar
e nunca teriamos acontecido
num mundo de competências
e técnicas de ponta
a dádiva da fala
quase já não conta

Competência Para Amar Carlos Tê \ Hélder Gonçalves

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