segunda-feira, fevereiro 28, 2005
Rui Reininho faz hoje 50 anos
Parabéns Rui Reininho!
Impossível não trautear as Dunas - em primeiro lugar as dunas, sempre as Dunas - canção que enbalou a minha geração, que contagiou o meu liceu, que ritmou as férias de Verão, em Vila do Conde, que imortalizou as dunas de Ofir!
«Dunas são como divãs
biombos indiscretos de alcatrão sujos
rasgados por cactos e hortelã
deitados nas dunas alheios a tudo
olhos penetrantes
pensamentos lavados
Bebemos dos lábios refrescos gelados
selamos segredos
saltamos rochedos
Em em câmara lenta como na tv
palavras a mais na idade dos porquês
Dunas como são divãs
quem nos visse deitados
cabelos molhados bastante enrolados
sacos-cama salgados
nas dunas roendo maçãs
a ver garrafas d'óleo
boiando vazias nas ondas da manhã
e outra...
Adoro o campo, as árvores, as flores
jarros e perpétuos amores
que fiquem perto da esplanada de um bar
com os pássaros estúpidos a esvoaçar
adoro as pulgas dos cães
todos os bichos do mato
o riso das crianças dos outros
cágados de pernas para o ar
efectivamente escuto as conversas
importantes ou ambíguas
aparentemente sem moralizar
adoro as pegas e os pederastas que passam
(finjo nem reparar)
na atitude tão clara e tão óbvia
de quem anda a engatar
adoro esses ratos de esgoto
que disfarçam ao dealar
como se fossem mafiosos convictos
habituados a controlar
efectivamente gosto de aparências
imponentes ou equívocas
aparentemente sem moralizar»
Impossível não trautear as Dunas - em primeiro lugar as dunas, sempre as Dunas - canção que enbalou a minha geração, que contagiou o meu liceu, que ritmou as férias de Verão, em Vila do Conde, que imortalizou as dunas de Ofir!
«Dunas são como divãs
biombos indiscretos de alcatrão sujos
rasgados por cactos e hortelã
deitados nas dunas alheios a tudo
olhos penetrantes
pensamentos lavados
Bebemos dos lábios refrescos gelados
selamos segredos
saltamos rochedos
Em em câmara lenta como na tv
palavras a mais na idade dos porquês
Dunas como são divãs
quem nos visse deitados
cabelos molhados bastante enrolados
sacos-cama salgados
nas dunas roendo maçãs
a ver garrafas d'óleo
boiando vazias nas ondas da manhã
e outra...
Adoro o campo, as árvores, as flores
jarros e perpétuos amores
que fiquem perto da esplanada de um bar
com os pássaros estúpidos a esvoaçar
adoro as pulgas dos cães
todos os bichos do mato
o riso das crianças dos outros
cágados de pernas para o ar
efectivamente escuto as conversas
importantes ou ambíguas
aparentemente sem moralizar
adoro as pegas e os pederastas que passam
(finjo nem reparar)
na atitude tão clara e tão óbvia
de quem anda a engatar
adoro esses ratos de esgoto
que disfarçam ao dealar
como se fossem mafiosos convictos
habituados a controlar
efectivamente gosto de aparências
imponentes ou equívocas
aparentemente sem moralizar»