segunda-feira, janeiro 31, 2005

 

Terra à vista


Primeiras impressões nem sempre são verdadeiras. Mas, por terem o direito da primogenitura, merecem registro. E, à primeira vista, esta terra me parece ser de intensos contrastes e choques térmicos. Seus habitantes enfrentam os rigores do inverno e o calor das efervescências políticas. Cai o governo, levantam-se propostas de novos rumos para o país. Quem fez mais por Portugal? Eis a questão. Pensei que só aqui no Brasil os políticos vendessem a alma ao diabo. Por aí (que fique claro, são impressões minhas!) eles também parecem dispostos a vender o corpo. Coisa muito estranha. Ah! O fascínio da política! O que, pelos vistos, é uma das mais ardentes paixões nacionais. Estou certa? Não se fala em outra coisa neste país?! O Rui, dia desses, afirmou-me categoricamente que política é melhor do que sexo. Não sei se a maioria dos portugueses partilha desta opinião. Eu, cá, tenho as minhas dúvidas. Além do mais, gostos, costumes, religião, preferências nacionais não se discutem. Respeitam-se.

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