terça-feira, janeiro 18, 2005
Resposta curta a CAA
O que CAA parece não querer entender é que ser portuense não é sinónimo de ser portista. Não é obrigatório ser adepto do clube azul-e-branco para se amar a cidade do Porto e para se respeitar as suas gentes. Não é preciso sequer ter cartão de sócio do FC Porto para se ter uma participação cívica e política activa na cidade e na região, ou para ter uma carreira profissional bem sucedida. A eugenia clubistíca que alguns adeptos mais inflamados do FC Porto tentam aplicar aos seus concidadãos não resulta. Isso já ficou demonstrado por diversas vezes na história recente da cidade.
Não vale a pena, por isso, tentar reduzir os cidadãos do Porto à mera condição de "portista-portuense", como se tudo fosse o mesmo. Lamento que CAA tenha uma visão conspirativa do mundo, ao ponto de julgar que "o mundo inteiro se uniu para o tramar", como diz a canção de Rui Veloso e de Carlos Tê - dois portuenses que desmentem a teoria eugenista.
Nos últimos 30 anos, o FC Porto cresceu tanto e tão depressa que alguns dos seus mais fervorosos adeptos ficaram para trás. Ficaram a remoer velhas teorias, a ruminar desfeitas antigas. E não se percebe porquê, até porque dou de barato que o FC Porto é hoje o clube que mais prestigia o país. O FC Porto é campeão do mundo, CAA. Os seus jogadores já não tremem quando jogam na Luz, no Santiago Barnabeu ou no estádio de Yokohama. Pelo contrário: são temidos, respeitados e cobiçados.
Isso tudo, repito, não obriga cada portuense a ser um Super-Dragão. Ter orgulho nos triunfos de um clube que dignifica a cidade, a região e o país em que se insere é uma coisa; outra é usá-lo como bandeira para apaziguar rancores.
Dito isto, convém esclarecer que, ao contrário do que CAA parece julgar, não sou lisboeta. Sou aveirense. Mas diabos me levem se está à espera que preste vassalagem de qualquer tipo a lisboetas, portuenses ou conimbricenses. Muito menos a portistas que ainda não perceberam que o constante e entediante discurso de "Calimero" serve para nada.
Não vale a pena, por isso, tentar reduzir os cidadãos do Porto à mera condição de "portista-portuense", como se tudo fosse o mesmo. Lamento que CAA tenha uma visão conspirativa do mundo, ao ponto de julgar que "o mundo inteiro se uniu para o tramar", como diz a canção de Rui Veloso e de Carlos Tê - dois portuenses que desmentem a teoria eugenista.
Nos últimos 30 anos, o FC Porto cresceu tanto e tão depressa que alguns dos seus mais fervorosos adeptos ficaram para trás. Ficaram a remoer velhas teorias, a ruminar desfeitas antigas. E não se percebe porquê, até porque dou de barato que o FC Porto é hoje o clube que mais prestigia o país. O FC Porto é campeão do mundo, CAA. Os seus jogadores já não tremem quando jogam na Luz, no Santiago Barnabeu ou no estádio de Yokohama. Pelo contrário: são temidos, respeitados e cobiçados.
Isso tudo, repito, não obriga cada portuense a ser um Super-Dragão. Ter orgulho nos triunfos de um clube que dignifica a cidade, a região e o país em que se insere é uma coisa; outra é usá-lo como bandeira para apaziguar rancores.
Dito isto, convém esclarecer que, ao contrário do que CAA parece julgar, não sou lisboeta. Sou aveirense. Mas diabos me levem se está à espera que preste vassalagem de qualquer tipo a lisboetas, portuenses ou conimbricenses. Muito menos a portistas que ainda não perceberam que o constante e entediante discurso de "Calimero" serve para nada.