segunda-feira, janeiro 17, 2005
Nervos
CAA, no Blasfémias, indigna-se com a arbitragem do Benfica-Boavista, culpando-a pela derrota dos axadrezados. E critica "o respeitinho" dos comentadores da Sport TV em relação ao clube da Luz. Pelo meio invoca "os anos saudosos do regime" em que o Benfica dominava o futebol nacional, um argumento recorrente ente os intelectuais do café Velasquez desde que José Maria Pedroto colocou na moda os fatinhos de xadrez e a boina.
Pensei um nadinha nisto e conclui que eu e CAA não vimos o mesmo jogo. Eu vi, entre outras coisas, o árbitro a fechar os olhos a uma grande penalidade contra o Boavista logo aos 2', por falta grosseira sobre Miguel; e vi, a meio da segunda parte, o mesmo árbitro a perdoar um escandaloso segundo cartão amarelo a um boavisteiro que derrubou Nuno Gomes, quando este caminhava isolado para a área. E o que dizer dos comentários da Sport TV? Alguém em seu perfeito juízo pode acusar Joaquim Rita de qualquer espécie de reverência ao Benfica? (Aqui abro um parêntesis para dizer que o bom do Rita tem uma linguagem tão pretensiosamente rebuscada que, na maior parte das vezes, não entendo o que ele quer dizer - e julgo que ele também não).
O que fez CAA reagir desta maneira foram os nervos. Há quanto tempo não se via o FCP a perder 20 pontos (vinte) na primeira volta do campeonato? Há quanto tempo não se via Benfica, FCP e Sporting empatados na liderança do campeonato no arranque da segunda volta? É curioso que sempre que as coisas correm menos bem, os portistas mais inflamados alongam o olhar para a Luz e sacam velhos argumentos, que podem ter feito sentido há 20 anos, mas que hoje só servem para manter vivos tristes preconceitos. Um sinal de alerta e é vê-los correr para as barricadas do mais serôdio provincianismo, esquecendo os títulos europeus e as festas. Sofrem de um atávico complexo de inferioridade e não há nada a fazer.
Pensei um nadinha nisto e conclui que eu e CAA não vimos o mesmo jogo. Eu vi, entre outras coisas, o árbitro a fechar os olhos a uma grande penalidade contra o Boavista logo aos 2', por falta grosseira sobre Miguel; e vi, a meio da segunda parte, o mesmo árbitro a perdoar um escandaloso segundo cartão amarelo a um boavisteiro que derrubou Nuno Gomes, quando este caminhava isolado para a área. E o que dizer dos comentários da Sport TV? Alguém em seu perfeito juízo pode acusar Joaquim Rita de qualquer espécie de reverência ao Benfica? (Aqui abro um parêntesis para dizer que o bom do Rita tem uma linguagem tão pretensiosamente rebuscada que, na maior parte das vezes, não entendo o que ele quer dizer - e julgo que ele também não).
O que fez CAA reagir desta maneira foram os nervos. Há quanto tempo não se via o FCP a perder 20 pontos (vinte) na primeira volta do campeonato? Há quanto tempo não se via Benfica, FCP e Sporting empatados na liderança do campeonato no arranque da segunda volta? É curioso que sempre que as coisas correm menos bem, os portistas mais inflamados alongam o olhar para a Luz e sacam velhos argumentos, que podem ter feito sentido há 20 anos, mas que hoje só servem para manter vivos tristes preconceitos. Um sinal de alerta e é vê-los correr para as barricadas do mais serôdio provincianismo, esquecendo os títulos europeus e as festas. Sofrem de um atávico complexo de inferioridade e não há nada a fazer.