terça-feira, dezembro 28, 2004
Susan Sontag
Faleceu hoje, aos 71 anos, a escritora e ensaísta norte-americana Susan Sontag, uma das mais reconhecidas e irreverentes intelectuais dos EUA.
No seu livro “Regarding the pain of others”, Susan Sontag manifesta-se contra aqueles que convertem notícias em entretenimento. Contra eles Sontag dispara: "Ninguém, depois de uma certa idade, tem direito a esse tipo de inocência, de superficialidade, desse grau de ignorância ou amnésia".
"Regarding the pain of others" assume que todos somos espectadores (consumidores). Principalmente os que vivem nas regiões tranquilas do Planeta, distantes das guerras e do real sofrimento dos que amarguram. A este propósito Susan Sontag acusa: "Não são os fotógrafos que devem reparar a nossa ignorância. Tais imagens não são mais do que um convite a prestarmos atenção, a reflectir, aprender, examinar e racionalizar sobre o sofrimento em massa causado pelo poder estabelecido. Quem causou o que essas fotos mostram? Quem é o responsável ? É desculpável ? Foi inevitável ?".
Para compreender a realidade Susan Sontag desenvolveu um trabalho notável: partiu do fotojornalismo, acompanhou Roger Fenton e o seu trabalho no Vale da Morte, passou por Robert Capa durante a guerra civil espanhola, Buchenwald e Hiroshima, fome na India, Napalm e Vietname, limpeza étnica nos Balcãs, realizando um fantástico trabalho arqueológico.
Nascida em Nova York (1933), estudante da Universidade de Paris no final dos anos 50, Susan Sontag, além da fotografia, é autora de uma obra diversa, que abrange temas como literatura pornográfica, SIDA, estética fascista, música, etc. Talvez por isso tenha construído à sua volta tanta repulsa quanto admiração intelectual.
No seu livro “Regarding the pain of others”, Susan Sontag manifesta-se contra aqueles que convertem notícias em entretenimento. Contra eles Sontag dispara: "Ninguém, depois de uma certa idade, tem direito a esse tipo de inocência, de superficialidade, desse grau de ignorância ou amnésia".
"Regarding the pain of others" assume que todos somos espectadores (consumidores). Principalmente os que vivem nas regiões tranquilas do Planeta, distantes das guerras e do real sofrimento dos que amarguram. A este propósito Susan Sontag acusa: "Não são os fotógrafos que devem reparar a nossa ignorância. Tais imagens não são mais do que um convite a prestarmos atenção, a reflectir, aprender, examinar e racionalizar sobre o sofrimento em massa causado pelo poder estabelecido. Quem causou o que essas fotos mostram? Quem é o responsável ? É desculpável ? Foi inevitável ?".
Para compreender a realidade Susan Sontag desenvolveu um trabalho notável: partiu do fotojornalismo, acompanhou Roger Fenton e o seu trabalho no Vale da Morte, passou por Robert Capa durante a guerra civil espanhola, Buchenwald e Hiroshima, fome na India, Napalm e Vietname, limpeza étnica nos Balcãs, realizando um fantástico trabalho arqueológico.
Nascida em Nova York (1933), estudante da Universidade de Paris no final dos anos 50, Susan Sontag, além da fotografia, é autora de uma obra diversa, que abrange temas como literatura pornográfica, SIDA, estética fascista, música, etc. Talvez por isso tenha construído à sua volta tanta repulsa quanto admiração intelectual.