quinta-feira, outubro 14, 2004
Este texto de Rui Moreira, no PÚBLICO de hoje, é clarinho como água sobre as suas intenções (e as de Menezes) em relação à Câmara Municipal do Porto (Ler post abaixo intitulado "O dilema de Rui Rio).
"Se António Costa
for candidato, a esquerda pode vencer
em Lisboa, o que dramatiza a importância
das eleições no Porto, onde Santana quer
reeleger Rio, o seu mais recente adepto.
Tolerou, por isso, quebras de solidariedade
nas águas de Douro e Paiva e na eleição
de João Sá para a CCRN, e tem cedido a
todas as exigências do autarca. O problema
é que este pode-se ter convertido, mas
continua teimoso e perdulário. Complica
na Casa da Música, arranja quezílias no
Metro, embrulhou-se com a questão
do chefe de gabinete, não acerta com o
PDM, gere mal os conflitos na vereação,
cultiva ódios e conflitos pessoais. Mesmo
no seu núcleo duro, há quem não o ache
imbatível e a distrital já não o tolera. O
pior, para Santana, é se Menezes se fartar
da cobertura interesseira do partido ao
seu eterno inimigo e bater com a porta,
recusando uma recandidatura a Gaia.
Nesse caso, o PSD, com problemas em
Gondomar e já ameaçado na Maia, perde
Gaia e o controlo da junta metropolitana.
Se for também derrotado no Porto, perde,
a seguir, o país."
"Se António Costa
for candidato, a esquerda pode vencer
em Lisboa, o que dramatiza a importância
das eleições no Porto, onde Santana quer
reeleger Rio, o seu mais recente adepto.
Tolerou, por isso, quebras de solidariedade
nas águas de Douro e Paiva e na eleição
de João Sá para a CCRN, e tem cedido a
todas as exigências do autarca. O problema
é que este pode-se ter convertido, mas
continua teimoso e perdulário. Complica
na Casa da Música, arranja quezílias no
Metro, embrulhou-se com a questão
do chefe de gabinete, não acerta com o
PDM, gere mal os conflitos na vereação,
cultiva ódios e conflitos pessoais. Mesmo
no seu núcleo duro, há quem não o ache
imbatível e a distrital já não o tolera. O
pior, para Santana, é se Menezes se fartar
da cobertura interesseira do partido ao
seu eterno inimigo e bater com a porta,
recusando uma recandidatura a Gaia.
Nesse caso, o PSD, com problemas em
Gondomar e já ameaçado na Maia, perde
Gaia e o controlo da junta metropolitana.
Se for também derrotado no Porto, perde,
a seguir, o país."
