segunda-feira, maio 17, 2004

 

Mário Cláudio

Aqueles inquéritos light das revistas e jornais proporcionam sempre momentos de humor involuntário. Esta semana, na Grande Reportagem, Mário Cláudio assumiu a pose de criador torturado e disse que a maior alegria que lhe podiam dar era "a de viver alegremente sem escrever uma linha". Pois. Mário, isso parece-me uma excelente ideia, pelo menos a julgar pelo seu último livro. O Mário descansava dessa extraordinária pulsão que o leva "a acreditar que é pela escrita que a vida se revela" (outra frase de compêndio, a que recorrem nove em cada dez pessoas para quem o cúmulo do chique é abrigar-se da chuva na livraria Lello) e nós íamos à nossa vidinha, talvez cantando e rindo.

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