quarta-feira, março 17, 2004
Saudades do mangal
Saudades dos Bijagós. Do calor, do mar, dos cheiros, do sabor do peixe fresco e da fruta, da frescura do mangal, das caminhadas à beira-mar, saudades da sensação de estar longe da civilização e perto do que é essencial.
Esta imagem é de um dos canais do mangal ("tarrafo", chamam-lhe os bijagós, "mangue", chamam-lhe os brasileiros). A sua navegabilidade depende das marés, como tudo na Guiné. A madeira do mangal é rija e os locais usam-na na construção das palhotas nas tabancas (aldeias). O mangal fervilha de vida: crocodilos (lagartos, dizem os bijagós), garças, pelicanos e águias, macacos e cobras e muito, muito peixe. Apesar da sombra dos canais mais apertados, o mangal pode tornar-se insuportável a determinadas horas do dia, quando o sol cai a pino sobre as cabeças dos europeus desprevenidos. Percorrer os canais do tarrafo pode tornar-se viciante, tantas são as coisas para ver, tantos são os caminhos para as tabancas a descobrir. Basta apontar o barco para um dos canais para descobrir as razões que levaram a Unesco a declarar os Bijagós como reserva mundial da bioesfera...
Esta imagem é de um dos canais do mangal ("tarrafo", chamam-lhe os bijagós, "mangue", chamam-lhe os brasileiros). A sua navegabilidade depende das marés, como tudo na Guiné. A madeira do mangal é rija e os locais usam-na na construção das palhotas nas tabancas (aldeias). O mangal fervilha de vida: crocodilos (lagartos, dizem os bijagós), garças, pelicanos e águias, macacos e cobras e muito, muito peixe. Apesar da sombra dos canais mais apertados, o mangal pode tornar-se insuportável a determinadas horas do dia, quando o sol cai a pino sobre as cabeças dos europeus desprevenidos. Percorrer os canais do tarrafo pode tornar-se viciante, tantas são as coisas para ver, tantos são os caminhos para as tabancas a descobrir. Basta apontar o barco para um dos canais para descobrir as razões que levaram a Unesco a declarar os Bijagós como reserva mundial da bioesfera...