domingo, março 28, 2004

 

E que tudo o mais vá pró inferno..

Eu devia ter suspeitado que algo ia correr mal quando aquele gato preto se atravessou à minha frente quando saí de casa. Mas como estava de fato posto e o nó de gravata me tinha saído bem, não liguei aos sinais e lá fui de prego a fundo a caminho do concerto de Roberto Carlos, a convite do Casino da Póvoa. Antes que comecem a rir, deixem-me explicar que eu tenho grande respeito pelo homem. Não se vendem 90 milhões de disco em 40 anos de carreira se não se tiver algum talento. E depois, falta-me Roberto para concluir a minha colecção de figurinhas ao vivo, que inclui nomes tão improváveis como Iglésias, Sinatra, Bennet, James Brown, Al Green, Aznavour e por aí fora. Sou daqueles que acreditam que é preciso ver e escutar primeiro para depois julgar. Por causa disto já apanhei algumas secas monumentais, como aconteceu recentemente no concerto de Dulce Pontes, a namorada do Shrek.
Era a minha segunda tentativa para ver o rei da Jovem Guarda e pela segunda vez falhei miseravelmente. Um engarrafamento monumental na ponte da Arrábida obrigou-me a fazer um desvio, fui ficando sem gasóleo no carro e quando finalmente atestei o depósito já era tarde de mais. Lá fiquei parado na VCI, com os injectores do carro sujos de impurezas, segundo o diagnóstico do condutor do pronto-socorro que me trouxe a casa.
Em resumo: uma noite perdida, um carro a necessitar de conserto e o Roberto outra vez mais distante. Logo agora que eu queria partilhar neste blog as emoções de ver o autor do Calhambeque. É a vida, como dizia o outro. Ainda por cima, ofereci ao condutor do pronto-socorro, num gesto impensado, três puros "Punch" que tanto jeito me dariam agora para afogar as mágoas. Snif...

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