sexta-feira, março 26, 2004

 

Calhabé

Como quem corre por gosto não cansa, cá estou eu outra vez num campo de futebol, desta vez para assistir ao Académica- Marítimo. Sopra um vento cortante do Norte, para variar, e o Calhabé tem um aspecto desolador, com as bancadas praticamente vazias. Este estádio renovado tem mais de 30 mil lugares, e eu pergunto-me: será que algum dia vai encher?
É impressionante o número de construções que cercam o estádio. É como se um imenso estaleiro tivesse sido montado à volta do recinto, e os operários, como formigas laboriosas, trabalham de dia e de noite. E eu pergunto-me: quem é que quer viver junto a um estádio de futebol? Coimbra já é naturalmente uma cidade desordenada, com problemas de tráfego, mas nos dias dos jogos o ambiente nesta zona é simplesmente infernal, com carros estacionados de qualquer maneira, barraquinhas de comes e bebes, bancas de venda de bandeiras e cachecóis, roulottes de farturas e de cassetes-pirata (ou de cd-pirata, para estar a par com os tempos) e música chunga. Ou música pimba, se preferirem. E agora vou comer qualquer coisa, porque daqui a nada o jogo começa. Ciao.

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