terça-feira, fevereiro 24, 2004

 
Mr. Baptista, I presume...

O relógio da igreja da minha aldeia assinalou as quatro e meia da manhã com os acordes do Avé Maria. Chove um pouquinho, o ar cheira a pinho, terra molhada e maresia. Da minha casa não vejo o mar, mas pressinto-o. É um rumor abafado. Intenso (peço desculpa pelo lugar comum, mas é isso mesmo - intenso). "Na terra em que o mar não bate, não bate o meu coração". A lareira está a apagar-se, o Montecristo esfumou-se e Elvis Costello (North, magnífico) quase no fim. Amanhã (hoje) é dia de Carnaval e as ruas do meu país devem encher-se de gente que quer à força divertir-se. Antes que isso aconteça, vou calçar as Timberland, vestir a velha parka verde (da qual nunca mais me separei porque "ela" um dia disse que me ficava bem...), enfiar um chapéu impermeável e rumar à praia. Levo os cães comigo, claro, eles ainda são mais doidos pelo mar do que eu. Se não voltar a tempo do pequeno almoço, mandem uma expedição à minha procura...

PS- Percebem agora a razão das minhas olheiras?

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