segunda-feira, abril 30, 2007

 
Durante estas duas semanas de silêncio, Portas foi eleito, a carreira do Benfica foi por água abaixo, Pina Moura foi nomeado para mais um tacho ibérico, Sócrates parece que já é engenheiro, a minha equipa de trabalho foi refoçada por uma loura de olhos azuis e eu aprendi a fazer uma sopa de legumes de ir às lágrimas. Não sei como, mas acho que isto anda tudo ligado.

 
Duas semanas sem "postar" e não senti falta disto. Hum...

 
Pedimos desculpa por esta interrupção, a emissão segue dentro de momentos.

quarta-feira, abril 25, 2007

 

Ser português aqui...

Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.

Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalçodo vento.

Nascideste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.

Eu sou português
aqui
no teatro mentirosomas afinal verdadeiro
na finta fácilno gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.

Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que empapa a terra que piso.

Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.

Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gestoa liberdade.

Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.

Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.

Eu sou português aqui

José Fanha

quinta-feira, abril 19, 2007

 

Recado...

«COOPERAÇÃO NÃO SIGNIFICA CO-RESPONSABILIZAÇÃO».

Prof. Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, in prefácio da obra que dedicou à causa da Inclusão Social (Abril, 2005).

quarta-feira, abril 18, 2007

 

Leitura e mar...

O júri do Prémio União Latina de Literaturas Românicas, presidido por Vincenzo Consolo (Itália) e constituído por Gabriela Adamesteanu (Roménia), José Eduardo Agualusa (Angola), Santiago Gambôa (Colômbia), Lídia Jorge (Portugal), Joan Francesc Mira (Espanha, língua catalã), Tierno Monénembo (Guiné), Rosa Montero (Espanha) e Jean-Noël Pancrazi (França), reunido na Academia Real de Espanha em Roma, na segunda-feira, atribuiu o prémio na quarta volta do escrutínio ao escritor moçambicano Mia Couto.

MIA COUTO
António Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto, nasceu na Beira (Moçambique) em 1955. Jornalista, dirigiu o jornal Notícias de Maputo e a revista Tempo. Iniciou estudos de medicina e de biologia, e tornou-se biólogo na reserva natural da Ilha da Inhaca, em Moçambique.
Em 1983, publicou uma primeira colectânea de poesia, Raiz de Orvalho. Enveredou em seguida pela escrita de contos. Publicou sucessivamente Vozes Anoitecidas (1986), Cada Homem é uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada (2001) e O Fio das Missangas (2003). As suas novelas conhecem também um sucesso internacional desde a publicação da primeira, Terra Sonâmbula (1992), até a última O Outro Pé da Sereia (2006), passando por A Varanda do Frangipani (1996), Mar Me Quer (1997), Vinte e Zinco (1999), O Gato e o Escuro (2001), O Último Voo do Flamingo (2002), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (2002) e A Chuva Pasmada (2004). Suas obras são com efeito traduzidas em francês, inglês, espanhol, alemão e italiano. Além disso muito comprometido com os problemas do nosso mundo actual, multiplicou as crónicas, reunidas em 2005 numa colectânea intitulada Pensatempos. Textos de opinião. Foi recompensado com vários prémios para o conjunto da sua obra, o mais importante sendo o Prémio Vergílio Ferreira que recebeu em 1999.

O PRÉMIO
O Prémio União Latina de Literaturas Românicas, criado em 1990, homenageia a diversidade do património literário latino consagrando, todos os anos, um romancista de língua latina, cujas obras merecem ser difundidas amplamente e traduzidas nas outras línguas latinas.

Boas leituras...

 

Escola de obediência de jornalistas


segunda-feira, abril 16, 2007

 
Bocejo. Outro bocejo.

sexta-feira, abril 13, 2007

 

Picante...

Este Senhor Engenheiro
É todo cheio de porras,
E rejeita, por inteiro,
O "canudo" do Mantorras.

E só mete, aos bocadinhos,
O Angolano a jogar;
Naqueles jogos fechadinhos,
Como aqui no Beira-Mar.

Mantorras diz não ser manco
E que quer jogar à bola,
Pois está farto do "branco"
E, assim, regressa a Angola.

Que parta quando quiser,
Disse o Engenheiro, então.
Fico com todo o prazer
C´o "canudo" do Simão...

ZÉ MALAGUETA

quinta-feira, abril 12, 2007

 

E a cheirar a cavalo...

Pitt y Cruise lo confirman: los hombres bellos tienen poco sexo (link)

 

Engenheiro e técnico

Como treinador de futebol, Fernando Santos não é mau catequista. Ou o raio que o parta.

quarta-feira, abril 11, 2007

 

Entrevista de Sócrates

A entrevista começou com uma mentira: Sócrates garantiu a abrir que não se preparou para o confronto com os jornalistas da RTP e da RDP. Preparou-se e muito, como se veria depois.
Fraquinho, fraquinho, o desempenho de José Alberto Carvalho. Deixou-se enredar pelos papéis e pela datas. Faltou-lhe contundência, objectividade. Flor Pedroso, mais prudente, esteve melhor e fez as perguntas que mais doeram ao PM. Mas gastar 45 minutos à volta das habilitações de Sócrates foi um erro. Havia vontade de esclarecer tudo, mas faltou objectividade. Tinha-se obtido o mesmo resultado em metade do tempo se tivesse havido a coragem de obrigar o primeiro-ministro a falar claro. E apesar da abundância de palavras os entrevistadores deixaram escapar questões importantes. Por exemplo, a história das equivalência não convence. Não cola. Quantas universidades, públicas ou privadas, permitem que os alunos apresentem o certificado de habilitações necessário para o mapa de equivalências meses depois de acabar o curso? Não houve favor a um "humilde deputado da oposição" que se preparava para integrar o mais que previsível futuro Governo de Portugal? Tá bem abelha, como dizia a minha avó judia.
Sócrates transfigurou-se para melhor quando a entrevista rumou a terreno firme. Ota, OPA e por aí fora, assuntos em quem Sócrates está como peixe na água e onde pode exibir o mau humor habitual, que muita gente confunde com determinação.
Sócrates saiu da entrevista melhor que entrou. Malzinho esteve Marques Mendes. Depois de um silêncio calculista durante dias surgiu afogueado, a querer tirar dividendos e a fazer observações pessoais muito duvidosas. Será que estava com medo de que Santana ou Menezes ocupassem o palcozinho mediático?

terça-feira, abril 10, 2007

 

Portas e Aveiro

Paulo Portas voltou a Aveiro para pedir votos. Diz ele que se sente um aveirense. Aveirense sou eu. Nasci em Aveiro, estudei em Aveiro, namorei, apaixonei-me, criei filhas em Aveiro. Pago em Aveiro os meus impostos e aqui espero viver a minha velhice - se chegar lá, claro. Isso não faz de mim dono da cidade ou do distrito, mas dá-me alguma autoridade para lhe dizer, com frontalidade, que o senhor não é aveirense. Pedir votos para ser eleito por Aveiro e regressar de vez em quando ao distrito para celebrar os raros triunfos do Beira-Mar não faz de si um homem da terra. No máximo é nosso convidado - e um convidado impertinente, ruidoso e abusador, daqueles que só se interessam por nós quando precisam de alguma coisinha. O senhor não é cagaréu nem ceboleiro. É apenas um chato de dentadura alva e colarinho aberto.

 

Benfica empata em Aveiro e Independente vai ser encerrada

A vida anda difícil para os engenheiros...

sexta-feira, abril 06, 2007

 

Crise? Qual crise?

Será que a crise já é coisa do passado?
É verdade que os sacrifícios passaram a ser a liturgia presente nos últimos anos. É verdade também que o oásis deu lugar ao deserto e a esterilidade política ocupou de forma impiedosa as nossas vidas. E é igualmente verdade que se instalou entre nós uma visão acética do futuro, mergulhado que está o País na reserva e na desconfiança.
Mas há, a par de tudo isto, um Portugal excêntrico, luxurioso e talvez mesmo irresponsável.
Como vem sendo hábito, de novo, nesta quadra, os portugueses esgotaram os destinos para a América Latina, Madeira e Algarve. Neste último caso, 4 a 5% é o aumento verificado em relação ao ano transacto, no que concerne à procura hoteleira. Uma semana em Cuba, por exemplo, custa 1.900 Euros, mas os nossos compatriotas não só esgotaram a oferta de operadores e agentes turísticos para este destino, como também para o México, Brasil, Cabo Verde, Caraíbas, Chile, Europa de Leste, entre outros.
Esta euforia contrasta bem com as dificuldades que sentem cerca de dois milhões de portugueses. Há um Portugal paralelo, jactante, satisfeito, que medra, pulula e viceja, sempre na crista da onda...
Boas férias, para quem é de férias.

quarta-feira, abril 04, 2007

 

God bless America?


Safa!

 

Eles andam aí!





terça-feira, abril 03, 2007

 

Previsão SIMPLEX


domingo, abril 01, 2007

 

Há quanto tempo não ouvia isto?

Elkie Books - Pearl's a singer

Cresci com músicas como estas e agora reencontro-as no You Tube. Abençoada internet.

Traffic- Pearly Queen


King Crimson - Epitaph


Alan Parsons Project - Eye In The Sky


Genesis - the Carpet Crawlers live


Frank Zappa - Bobby Brown

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